Sobre a Moção.
-Caros companheiros participantes do IDEA 2010
Foi recentemente aprovado pelo governo brasileiro mais um grande projeto para a Amazônia: a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte que na visão de populações ribeirinhas e indígenas, povos que tradicionalmente habitam estas áreas se configurará em mais um grande desastre sócio-ambiental.
Para os entusiastas da Barragem a noção de desenvolvimento parece não contemplar a idéia de construção de escolas, de hospitais, de moradias e, também, qualificação e contratação de profissionais para atuar nessas áreas.
Desde já, Altamira sofre com os ecos da construção da barragem. Os que lá vivem já percebem tais mudanças: aumento da população, hospitais lotados pela falta de leitos, aumento do número de assaltos. Enfim uma série de problemas que advém do inchaço populacional causado pela notícia de construção da barragem de Belo Monte.
Existe ainda, em toda a região, no Brasil e no mundo uma grande resistência a mais essa barbárie imposta:
Estamos prontos para lutar? Para encará-los e darmos respostas aos filhos do futuro? Quantas perguntas já foram feitas e respondidas?Quantos desaparecerão, entre os filhos da natureza: terra, chão, fauna, flora? Quantas comunidades indígenas? Quantas milhares de árvores centenárias de uma Amazônia desconhecida se transformação em apenas matéria orgânica? Quantas espécies de animais dos já ameaçados de extinção e dos desconhecidos irão desaparecer?Quantas pinturas rupestres em cavernas milenares, até então desconhecidas serão perdidas? Quantos filhos da terra, do seu nicho quase virgem serão banidos, violentamente em discursos camuflados? Tudo será tirados deles: sua arte, sua cultura, seus saberes e fazeres naturais, sua filosofia de filhos da floresta, sua autonomia de filhos dessa pátria Brasil.
Se faz necessária uma atenta observação em que se reflita cuidadosamente sobre os pontos favoráveis apontados pelo governo, grupos políticos e empresários que defendem a construção apoiados em uma óptica pragmática, capitalista e imediatista em que não são levados em conta nem o homem nem a natureza, ao mesmo tempo em que se faça uma reflexão a partir da visão dos participantes dos movimentos sociais formados por militantes de diversas causas sócio-ambientais situadas tanto no Brasil quanto em outros países contrários a implantação da usina.
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