24 de janeiro de 2014

Fórum Social Temático.

De 21 à 26 de Janeiro de 2014!

O grande desastre aéreo de ontem.

Para Cândido Portinari
De: Jorge de Lima

Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice. 
E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárias. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão. 
Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor. 
Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem vida. 
Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas, como se dançassem ainda. 
E vejo a louca abraçada ao ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos pobres mortos. 
Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo, tão tranqüila e cega! 
Ó amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento. 
Chove sangue sobre as nuvens de Deus. 
E há poetas míopes que pensam que é o arrebol.


Fonte da Imagem da Internet: 

Sobre Linha:
Recordo incessantemente o modo condizente desse texto, quando foi apresentado a mim: - Sobre uma cama. 
Dois corpos.
Um olhar que se contradizia ao meu. 
De forma singela, bonita e com vestígio de uma saudade de velhos tempos. 
*Foram 3 encontros! 

Os rolezinhos nos acusam: somos uma sociedade injusta e segregacionista.

23/01/2014
Leonardo Boff

O fenômeno dos centenas de rolezinhos que ocuparam shoppings centers no Rio e em  São Paulo suscitou as mais disparatadas interpretações. Algumas, dos acólitos da sociedade neoliberal do consumo que identificam cidadania com capacidade de consumir, geralmente nos jornalões da mídia comercial, nem merecem consideração. São de uma indigência analítica de fazer vergonha.
Mas houve outras análises que foram ao cerne da questão como a do jornalista Mauro Santayana do JB on-line e as de três  especialistas que avaliaram a irrupção dos rolês na visibilidade pública e o elemento explosivo que contém. Refiro-me à Valquíria Padilha, professora de sociologia na USP de Ribeirão Preto:”Shopping Center: a catedral das mercadorias”(Boitempo 2006), ao sociólogo da Universidade Federal de Juiz de Fora, Jessé Souza,”Ralé brasileira: quem é e como vive (UFMG 2009) e  de Rosa Pinheiro Machado, cientista social com um artigo”Etnografia do Rolezinho”no Zero Hora de 18/1/2014. Os três deram entrevistas esclarecedoras.
Eu por minha parte interpreto da seguinte forma tal irrupção:
Em primeiro lugar, são jovens pobres, das grandes periferias,  sem espaços de lazer e de cultura, penalizados por serviços públicos ausentes ou muito ruins como saúde, escola, infra-estrutura sanitária, transporte, lazer e segurança. Veem televisão cujas propagandas os seduzem para um consumo que nunca vão poder realizar. E sabem manejar computadores e entrar nas redes sociais para articular encontros. Seria ridículo exigir deles que teoricamente tematizem sua insatisfação. Mas sentem na pele o quanto nossa sociedade é malvada porque exclui, despreza e mantém os filhos e filhas da pobreza na invisibilidade forçada. O que se esconde por trás de sua irrupção? O fato de não serem incluidos no contrato social. Não adianta termos uma “constituição cidadã” que neste aspecto é apenas retórica, pois  implementou muito pouco do que prometeu em vista da inclusão social. Eles estão fora, não contam, nem sequer servem de carvão  para o consumo de nossa fábrica social (Darcy Ribeiro). Estar incluído no contrato social significa ver garantidos os serviços básicos: saúde, educação, moradia, transporte, cultura, lazer e segurança. Quase nada disso funciona nas periferias. O que eles estão dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? “Oia nóis na fita”; “nois não tamo parado”;”nóis tamo aqui para zoar”(incomodar). Eles estão com seu comportamento rompendo as barreiras do aparheid social. É uma denúncia de um país altamente injusto (eticamente), dos mais desiguais do mundo (socialmente), organizado sobre um grave pecado social pois contradiz o  projeto de Deus (teologicamente). Nossa sociedade é conservadora e nossas elites altamente insensíveis  à paixão de seus semelhantes e por isso cínicas. Continuamos uma Belíndia: uma Bélgica rica dentro de uma India pobre. Tudo isso os rolezinhos denunciam, por atos e menos por palavras.
Em segundo lugar,  eles denunciam a nossa maior chaga: a desigualdade social cujo verdadeiro nome é injustiça histórica e social. Releva, no entanto, constatar que com as políticas sociais do governo do PT a desigualdade diminiui, pois segundo o IPEA os 10% mais pobres tiveram entre 2001-2011 um crescimento de renda acumulado de 91,2% enquanto a parte mais rica cresceu 16,6%. Mas esta diferença não atingiu a raíz do problema pois o que supera a desigualdade é uma infraestrutura social de saúde, escola, transporte, cultura e lazer que funcione e acessível a todos. Não é suficiente transferir renda; tem que criar oportunidades e oferecer serviços, coisa que não foi o foco principal no Ministério de Desenvolvimento Social. O “Atlas da Exclusão Social” de Márcio Poschmann (Cortez 2004) nos mostra que há cerca de 60 milhões de famílias,  das quais cinco mil famílias extensas detém 45% da riqueza nacional. Democracia sem igualdade, que é seu pressupsto, é farsa e retórica. Os rolezinhos denunciam essa contradição. Eles entram no “paraíso das mercadorias” vistas virtualmente na TV para ve-las realmente e senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio insuportável pelos donos do shoppings. Eles não sabem dialogar, chamam logo a polícia para bater e fecham as portas a esses bárbaros. Sim, bem o viu T.Todorov em seu livro “Os novos bárbaros”: os marginalizados do mundo inteiro estão saindo da margem e indo rumo ao centro para suscitar a má consciência dos “consumidores felizes” e lhes dizer: esta ordem é ordem na desordem. Ela os faz frustrados e infelizes, tomados de medo, medo dos próprios semelhantes que somos nós.
Por fim, os rolezinhos não querem apenas consumir. Não são animaizinhos famintos. Eles tem fome sim, mas fome de reconhecimento, de acolhida na sociedade, de lazer, de cultura e de mostrar o que sabem: cantar, dançar, criar poemas críticos, celebrar a convivência humana. E querem trabalhar para ganhar sua vida. Tudo isso lhes é negado, porque, por serem pobres, negros, mestiços sem olhos azuis e cabelos loiros, são desperezados e mantidos longe, na margem.
Esse tipo de sociedade pode ser chamada ainda de humana e civilizada? Ou é uma forma travestida de barbárie? Esta última lhe convem mais. Os rolezinhos mexeram numa pedra que começou a rolar. Só parará se houver mudanças.

Artigo escrito primeiramente para o JB on-line

21 de janeiro de 2014

Unipop marca presença no Ato de Combate à Intolerância Religiosa

21/01/2014
Depois de fazer intervenção no anfiteatro da praça, Comitê finalizou atividade em frente ao Theatro da paz

Em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, no último domingo (19.01) adeptos de diversas religiões se reuniram no anfiteatro da Praça da República, em Belém (PA), para realizar o 5° Ato de Combate à Intolerância Religiosa, organizado pelo Comitê Inter-religioso do Estado do Pará (CIEPA).

O ato foi de fundamental importância para as juventudes presentes, inclusive para os participantes do Projeto Jovens Comunicadores da Amazônia, promovido pelo Instituto Universidade Popular (Unipop) com o apoio do Instituto Oi Futuro, os quais praticaram respeito à diversidade religiosa e demonstraram que é possível pautar as demandas juvenis aliadas à defesa dos direitos humanos independente do credo, raça, etnia e classe social.

Para os jovens comunicadores, que também integram da Rede Ecumênica da Juventude (REJU), a participação no ato junto às lideranças religiosas engrandeceu a espiritualidade e serviu para fortalecer as práticas sociais por um mundo mais justo e igualitário. Em sua intervenção no ato, Rafael Almeida, membro da Rede Ecumênica, afirmou que “as juventudes da região metropolitana de Belém vêm sofrendo significativamente com a violência urbana, entretanto, não desistem de lutar por outro mundo possível, principalmente pautando os direitos humanos”.

Jovens Comunicadores em caminhada pelo respeito a diversidade religiosa

A necessidade de conviver em uma sociedade harmônica que respeite às diversas manifestações religiosas foi o que norteou as falas durante o ato. O movimento se tornou muito relevante para corroborar o respeito à diversidade das religiões no Brasil, um país que ainda não vive a laicidade de forma plena e viola a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao garantir no Artigo XVIII que "Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou particular”.

Para Alan Fonseca, do Comitê Inter-Religioso, “a maior importância é a promoção do diálogo inter-religioso; as pessoas acham que conseguem se comunicar e se entender. O outro parece muito exótico e estranho, e a função do comitê é fazer com que as pessoas reconheçam o humano que existe por trás do exótico. A diversidade em nosso grupo é bem-vinda. A importância principal do comitê é promover a diversidade religiosa”.

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Em 27 de dezembro de 2007, a Lei nº 11.635 instituiu o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data foi pensada em homenagem à Mãe Gilda, sacerdotisa afro religiosa vítima de intolerância religiosa, morta por ter tido sua foto associada à charlatanismo.



20 de janeiro de 2014

Triangulo Obscuro!

O triangulo angular de ângulos da câmara obscura!
Um exercício experimental de possibilidades com a imagem!
Um mergulho bricante dá luz!








 Fotos: Jorge Anderson

13 de janeiro de 2014

Fim de semana!

Um trecho da minha vida!







Fotos: Jorge Anderson

A construção da identidade do jovem e suas escolhas.

2014. Para que o espírito de juventude permaneça firme e forte!

Percebemos que atualmente a juventude vem se tornando um fenômeno cultural e social aparecendo de uma forma preocupante, é necessário compreender que a juventude corre riscos. As instituições responsáveis pela formação dos jovens que são a família, a igreja e a escola, estão em crise. A violência parece ser hoje uma maneira em que os jovens procuram para resolver os seus conflitos, isso se torna cada vez mais comum, vemos isso sendo mostrado o tempo inteiro pelos meios de comunicação como a TV, nos filmes e novelas de forma fictícia e nos jornais de forma real. A conscientização dos jovens para esses problemas é essencial, pois são eles os mais prejudicados e é parte deles também a tarefa de buscar soluções para essas questões, pois assim como eles sofrem hoje pela crise dessas instituições, amanhã eles serão essas instituições. Portanto, a questão é: qual o papel da juventude dentro da sociedade?
Realizamos um projeto em nossa escola com os alunos do primeiro ano do ensino médio com faixa etária entre 13 e 15 anos e constatamos que há um caminho para as soluções dos problemas que interferem principalmente nas escolhas dos jovens e na construção da sua própria identidade. Abordamos temas como sexo, gravidez na adolescência, drogas e tatuagens, religião, família, vida escolar e profissional. Esses são termos conhecidos e vividos por eles diariamente, então a idéia foi iniciar propondo uma reflexão para cada um sobre tudo aquilo que eles já realizaram em suas vidas, o que fazem de bom, de útil ou de supérfluo. Essa idéia é fazer com que cada um perceba seu papel dentro da sociedade, sua parcela de contribuição para a resolução de problemas bem como sua parcela de culpa na evolução desses mesmos. O resultado foi surpreendente. Incrível como a capacidade de percepção de cada um deles em relação a esses fatos são dada de forma clara e objetiva e conseguem visualizar um conjunto de possibilidades realmente capazes de transformar o mundo.
O trabalho não é fácil, ainda encontramos muitas resistências por parte dos adolescentes e dos jovens, principalmente no que se refere à personalidade e identidade própria. Existe um fator muito forte nesse aspecto que é a influência que os meios de comunicação como a TV exerce sobre o tipo de comportamento jovem, onde se mostra um mundo que é o sonho dos jovens, mas que está longe do alcance da maioria. Outro aspecto se refere a influencia dos colegas, daqueles que exercem certas influências nas idéias dos outros, através da persuasão, da manipulação ou ameaça de exclusão em determinados grupos. Na escola essa pratica é muito comum, a adesão do comportamento individual ao coletivo, onde o que importa é o que a maioria pensa e não apenas uma idéia isolada, mesmo que essa idéia seja a mais favorável para os fins objetivados. Com base nos relatos levantados pelos alunos é possível perceber uma perca de identidade ou falta de personalidade própria dos jovens em dois âmbitos. Primeiro em relação àqueles que deixam de viver suas próprias escolhas pelas escolhas alheias, e segundo pelo próprio influenciador ou o grupo que não consegue respeitar as idéias contrárias e nem conviver com a diferença. Firmar a própria identidade, fortalecer a personalidade está em fazer não apenas as próprias escolhas e pensar por si próprio, mas sim, também, respeitar a opinião do outro e aceitar a diferença. A partir de algumas questões levantadas sobre "o que é a juventude", "quais suas características?" "Quais os direitos e deveres da juventude e o que a ela tem feito ou deveria para melhorar a sociedade?" – ficou claro que fazendo com que o jovem perceba realmente qual é o seu papel dentro do mundo ela irá então estabelecer o seu parâmetro dentro da sociedade sem ser influenciado de maneira arbitraria. Abordamos aspectos sobre mudanças, as quais o jovem passa nas diferentes fases da vida determinadas por fatores naturais e sociais. Evidenciamos como ponto principal a sexualidade, a qual está relacionada ao modo como as pessoas vivem seus desejos e prazeres, em seus contextos sociais e culturais. Deste modo, a escolha se baseia nas formas culturais e sociais que vivemos e através dela constituímos nossas identidades.
Com base no desenvolvimento do trabalho e principalmente através dos relatos dos alunos concluímos que a identidade sexual é construída nas atitudes de convívio diário que permite o desenvolvimento afetivo e das relações humanas, através da amizade, das atitudes e dos sentimentos, sem as relações sexuais necessariamente. Em muitos casos a vulgarização das relações entre homens e mulheres está sendo apresentada de forma que conduz os jovens a atitudes irresponsáveis em relação à sua vida e à sua sexualidade. As conseqüências dessas atitudes impensáveis é a gravidez na adolescência que é uma das indicações principais de que há uma péssima qualidade nas informações transmitidas sobre o assunto. Essa característica é provocada pela vulnerabilidade dos adolescentes causada pela perda de identidade própria.
Entendemos que a adolescência é uma fase cheia de conflitos devido às transformações do corpo e psicológicas vividas. A partir de então nascem às curiosidades, os questionamentos, à vontade de conhecer, de experimentar o novo mesmo sabendo dos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as suas próprias decisões que nesses casos são devidos apenas às influencias alheias. A religião e a família são instituições que ao mesmo tempo influencia e são influenciadas por aqueles que fazem parte delas. Desde o nascimento, o crescimento e as relações que um indivíduo estabelece com as pessoas existe sempre uma interferência, mesmo que pequena, da família e da religião. É como se houvesse uma interdependência que se estende ao convívio social.
É durante a vida escolar, principalmente no ensino médio, que os alunos têm um único objetivo: a escolha de uma profissão. Alguns crescem sabendo no que irão trabalhar, mas muitos, em razão da pouca idade e experiência de vida, não conseguem definir o caminho a seguir.A Construção da Identidade do Jovem está em se plantar sementes em um solo fértil para que se tenha uma boa colheita. É preciso então parar e pensar no que se tem feito para ser melhor, para ser diferente e, para que isso aconteça acreditamos que o caminho está no desenvolvimento do jovem e na sua preparação e compromisso com a qualidade. Então, é preciso jovens com um perfil diferente, que não se conforme com aquilo que é mal feito, que não se intimidem perante os problemas e crises, que se utilize de criatividade, de humildade e não se deixe enganar pelas falsas promessas de vida.
O resultado desse trabalho além de estar relatado no presente artigo podem ser visto também em um blog criado especificamente para os alunos e um fórum de debates. No fórum estão os comentários dos alunos sobre o projeto através dos assuntos: sexo, gravidez na adolescência, drogas e tatuagens, religião, família e profissão e vida escolar. Segue abaixo o endereço para que se possa conferir o resultado.


Obs. Para ter acesso ao fórum é preciso digitar o endereço acima na barra de endereços caso não abra apenas ao clicar no link.

Esse artigo foi desenvolvido a partir de um projeto piloto com a turma do 1.° Ano do Ensino Médio da Escola Estadual Eldorado, na cidade de Eldorado – MS com a colaboração e participação dos seguintes professores: Prof.ª Lisa, Prof.º Rafael, Prof.ª Patrícia e eu Prof.º Ronaldo. Pelo resultado satisfatório o projeto será estendido para os alunos do 9.º Ano do Ensino Fundamental ao 3.º Ano do Ensino Médio no ano letivo de 2010.


7 de janeiro de 2014

Nunca foi viável. BRT de Belém do Pará

Para ficar sabendo!
Belém do Pará rumo aos seus 400 anos.

Uma das obras mais polêmicas da capital do Pará, o BRT, está a uma semana de ter a sua primeira fase concluída.
Suas obras foram iniciadas no ano de 2012 ainda na gestão de Duciomar Costa (PTB), com o valor orçado em 430 milhões de reais, já disponíveis pelo PAC 2 (como confirmaram a antiga e a atual gestão municipal). O projeto, que por questões de politicagem ia contra os interesses do governo do estado, de Simão Jatene, começou com fraudes já no processo licitatório. Das 30 empresas envolvidas com o edital (obscuro e com falta de informações), apenas uma ficou até o fim e atendeu “a todas as exigências do solicitante”: a Andrade Gutierrez, construtora favorita do então prefeito. Com um prazo de conclusão de 24 meses, as obras começaram repletas de falhas e sem as devidas licenças ambientais, permanecendo assim até o fim da gestão de Duciomar.
Na atual gestão municipal, de Zenaldo Coutinho (PSDB), foi aberta uma nova licitação e a mesma construtora (a Andrade Gutierrez) saiu vitoriosa, mesmo com todos os casos de fraude e corrupção. A prefeitura pretendia entregar a primeira etapa do projeto em junho de 2013, porém, a entrega da mesma, com todos os problemas, foi adiada o dia 12/01/14, data de aniversário do município e ano eleitoral.
Em março de 2013, Zenaldo assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que garantiu um financiamento de 312 milhões da Caixa Econômica Federal e mais 100 milhões do Orçamento Geral da União, somados aos 82 milhões da própria prefeitura (totalizando 494 milhões). Sendo assim, o projeto orçado inicialmente em 430 milhões de reais e com recursos garantidos em sua maioria pelo governo federal (por meio do PAC 2) será pago ainda mais caro pela população. O prefeito alega que o antigo gestor, Duciomar Costa, não deixou os recursos disponíveis para dar continuidade às obras.

Comparando o nosso BRT com projetos de outras cidades:
BRT Belém: 20 quilômetros de extensão – 494 milhões de reais (atualizados);
BRT Manaus: 23 quilômetros de extensão - 290 milhões de reais;
BRT Brasília: 43 quilômetros de extensão – 530 milhões de reais.

De imediato nota-se a grande diferença referente ao custo em milhões por quilômetro de obra.
O governo do estado, através do programa Ação Metrópole, pretendia iniciar as obras do BRT na capital paraense entre os anos de 2013 e 2014 (ano do novo gestor municipal e eleições estaduais respectivamente) para promover o atual prefeito e governador. Ambos do PSDB. Com a intervenção do ex-prefeito de Belém em 2012, Duciomar Costa (PTB), os planos dos tucanos de iniciarem as obras perto das eleições foram acabados, porém, com os ventos soprando a favor, as obras do BRT e outras que compõem o Ação Metrópole (como o faraônico prolongamento da avenida João Paulo II) serão uma das principais armas para a tentativa de reeleição de Simão Jatene e para o aumento da popularidade de Zenaldo Coutinho.

O projeto completo (que deveria ser entregue ainda neste ano) será entregue somente em 2016 (ano de eleições municipais) e a um custo que poderá ultrapassar os atuais 494 milhões. Quanto a sua durabilidade? Não se sabe por quantos anos o BRT será útil às condições de Belém, apenas que não será por muito tempo. Pois, com a ausência de obras de mobilidade urbana eficazes e falta de seriedade durante as execuções (onde prevalecem os interesses políticos), a população (já desprovida, em sua maioria, de conhecimento e respeito dentro e fora do trânsito) continuará a achar que a aquisição veículos particulares é a solução para a falta de investimentos no transporte público.

Fonte: Anonymous Pará 

A Praia do Cruzeiro em Icoaraci de 1940!

Belém de suas histórias...

A incrível história da "construção" de uma praia, para atender mimos de "intrusos", que precisavam de um espaço de lazer na Belém de 70 anos atrás. Uma história desconhecida de uma das mais populares praias de Belém.
Nos anos 40 do século XX, a base aérea construída pelos americanos em Val de Cães foi fundamental para a frente de guerra na África.
Os aviões que vinham das fábricas no Canadá e nos Estados Unidos, faziam escala aqui e eram preparados para as missões.
Um problema entretanto, atrapalhava a ação dos militares em Belém.
Diferente da base de Natal, que tinha praia, Belém não permitia este lazer aos soldados. Foi neste momento que houve a decisão pela criação de uma praia na entrada do Rio Maguari, em uma enseada. Nascia assim a Praia do Cruzeiro, em Icoaraci.

Próximo da base, foi a praia que surgiu dos esforços de guerra. Você que vai ao distrito, quando passar por ela, lembre-se desta história.

1 de janeiro de 2014

Boas Vindas 2014. Pela Viração!

Todas as coisas boas e desejos da ONG Viração para todos e todas!

Em Português e Francês.