21 de janeiro de 2014

Unipop marca presença no Ato de Combate à Intolerância Religiosa

21/01/2014
Depois de fazer intervenção no anfiteatro da praça, Comitê finalizou atividade em frente ao Theatro da paz

Em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, no último domingo (19.01) adeptos de diversas religiões se reuniram no anfiteatro da Praça da República, em Belém (PA), para realizar o 5° Ato de Combate à Intolerância Religiosa, organizado pelo Comitê Inter-religioso do Estado do Pará (CIEPA).

O ato foi de fundamental importância para as juventudes presentes, inclusive para os participantes do Projeto Jovens Comunicadores da Amazônia, promovido pelo Instituto Universidade Popular (Unipop) com o apoio do Instituto Oi Futuro, os quais praticaram respeito à diversidade religiosa e demonstraram que é possível pautar as demandas juvenis aliadas à defesa dos direitos humanos independente do credo, raça, etnia e classe social.

Para os jovens comunicadores, que também integram da Rede Ecumênica da Juventude (REJU), a participação no ato junto às lideranças religiosas engrandeceu a espiritualidade e serviu para fortalecer as práticas sociais por um mundo mais justo e igualitário. Em sua intervenção no ato, Rafael Almeida, membro da Rede Ecumênica, afirmou que “as juventudes da região metropolitana de Belém vêm sofrendo significativamente com a violência urbana, entretanto, não desistem de lutar por outro mundo possível, principalmente pautando os direitos humanos”.

Jovens Comunicadores em caminhada pelo respeito a diversidade religiosa

A necessidade de conviver em uma sociedade harmônica que respeite às diversas manifestações religiosas foi o que norteou as falas durante o ato. O movimento se tornou muito relevante para corroborar o respeito à diversidade das religiões no Brasil, um país que ainda não vive a laicidade de forma plena e viola a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao garantir no Artigo XVIII que "Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou particular”.

Para Alan Fonseca, do Comitê Inter-Religioso, “a maior importância é a promoção do diálogo inter-religioso; as pessoas acham que conseguem se comunicar e se entender. O outro parece muito exótico e estranho, e a função do comitê é fazer com que as pessoas reconheçam o humano que existe por trás do exótico. A diversidade em nosso grupo é bem-vinda. A importância principal do comitê é promover a diversidade religiosa”.

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Em 27 de dezembro de 2007, a Lei nº 11.635 instituiu o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data foi pensada em homenagem à Mãe Gilda, sacerdotisa afro religiosa vítima de intolerância religiosa, morta por ter tido sua foto associada à charlatanismo.



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