Depois de fazer intervenção no anfiteatro da praça, Comitê
finalizou atividade em frente ao Theatro da paz
Em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância
Religiosa, no último domingo (19.01) adeptos de diversas religiões se reuniram
no anfiteatro da Praça da República, em Belém (PA), para realizar o 5° Ato de
Combate à Intolerância Religiosa, organizado pelo Comitê Inter-religioso do
Estado do Pará (CIEPA).
O ato foi de fundamental importância para as juventudes
presentes, inclusive para os participantes do Projeto Jovens Comunicadores da
Amazônia, promovido pelo Instituto Universidade Popular (Unipop) com o apoio do
Instituto Oi Futuro, os quais praticaram respeito à diversidade religiosa e
demonstraram que é possível pautar as demandas juvenis aliadas à defesa dos
direitos humanos independente do credo, raça, etnia e classe social.
Para os jovens comunicadores, que também integram da Rede Ecumênica
da Juventude (REJU), a participação no ato junto às lideranças religiosas
engrandeceu a espiritualidade e serviu para fortalecer as práticas sociais por
um mundo mais justo e igualitário. Em sua intervenção no ato, Rafael Almeida,
membro da Rede Ecumênica, afirmou que “as juventudes da região metropolitana de
Belém vêm sofrendo significativamente com a violência urbana, entretanto, não
desistem de lutar por outro mundo possível, principalmente pautando os direitos
humanos”.
Jovens Comunicadores em caminhada pelo respeito a
diversidade religiosa
A necessidade de conviver em uma sociedade harmônica que
respeite às diversas manifestações religiosas foi o que norteou as falas
durante o ato. O movimento se tornou muito relevante para corroborar o respeito
à diversidade das religiões no Brasil, um país que ainda não vive a laicidade
de forma plena e viola a Constituição Federal e a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, ao garantir no Artigo XVIII que "Toda pessoa tem o direito
à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a
liberdade de mudar de religião ou crença a liberdade de manifestar essa
religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância,
isolada ou coletivamente, em público ou particular”.
Para Alan Fonseca, do Comitê Inter-Religioso, “a maior
importância é a promoção do diálogo inter-religioso; as pessoas acham que
conseguem se comunicar e se entender. O outro parece muito exótico e estranho,
e a função do comitê é fazer com que as pessoas reconheçam o humano que existe
por trás do exótico. A diversidade em nosso grupo é bem-vinda. A importância
principal do comitê é promover a diversidade religiosa”.
Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Em 27 de dezembro de 2007, a Lei nº 11.635 instituiu o dia
21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data
foi pensada em homenagem à Mãe Gilda, sacerdotisa afro religiosa vítima de
intolerância religiosa, morta por ter tido sua foto associada à charlatanismo.
Fonte: Unipop: http://www.unipop.org.br/detalha_noticia.php?id=1578
Nenhum comentário:
Postar um comentário