23 de maio de 2011

TUDO QUE FIZ...

Tudo que fiz por você foi pelo simples fato de te amar.
Pelo simples fato possessivo e por acreditar que era só meu.
A princípio foi como eu planejei, mas não contava com a possibilidade da traição.
Foi por impulso, não tinha controle sobre mim mesma.
Apareceu e me apresentou a formula da qual acreditava ser aquela que tanto procurava e que você até naquele ponto não havia me apresentado.
Confiei em meus sentimentos até o último instante, antes de me lançar de vez naquela aventura incerta.
Como poderia ter certeza se estava fazendo a coisa certa se não o fizesse?
Tantas vezes, te procurava– mas era como se não existisse, mesmo te olhando e te tocando – gritava incessantemente pelo seu nome... amor, amor cadê você? Ignorando-me.
Não dando a mínima para o que pensava, para o bem-querer, para o meu desatino!
Acreditava tanto em seu amor, que fui capaz de renegar a mim mesma, tudo por você. Tudo pela forte atração e paixão que movia-me. – bem era isso que imaginava – Até o dia em que ele apareceu.
Eu bem que te avisei, fiz tudo por você e você não acreditou. Sempre duvidando e alimentado situações que não existiam. 
Qual é a mulher, por mais dedicada e companheira que possa parecer, pode suporta tamanha solidão e lições de moral, mesmo que ela esteja falando a verdade?
Mas afinal o que seria tal verdade?
Uma verdade capaz de creditar aquilo que tanto doei por tanto tempo. O meu Amor!
Esse amor efêmero e transparente. Como a água que corre livremente pela imensidão do rio transportando vontade e desejo. Olhando para trás para verificar se nada ficou pelo caminho.
Um caminho tortuoso e perigoso.
Um caminho traçado pela força do destino e pela insensatez descontrolada de meu amor.
Quando tomei em minhas mãos a formula. Meus olhos brilharam – não foi a primeira vez que meus olhos brilhavam, eles já haviam brilhado com você e você nem viu – como se houvesse encontrado o tesouro de uma longa e perigosa jornada, como daqueles filmes onde o caçador de tesouro ao encontrar o que tanto deseja, se irradia ao ver o precioso desejo se realizando.
Te trair, sim!
E continuarei te traindo quantas vezes forem necessárias. Até você parar e olhar para mim, da forma como mereço. Da mesma forma da qual você me olhava antigamente. Lembras?
Era magnífico!
É... talvez não se lembre, ou fingi não lembrar. Você sempre fez isso! Não seria diferente agora, não é mesmo?


Bruna Maria.
(Descrito por ela,em uma noite perturbadora após uma ligação).  

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