O teatro de um ângulo inesperado: por trás da cortina. O espetáculo “Como se fosse...” convida o público a espionar o universo íntimo dos artistas prestes a entrar no palco. A tensão, a guerra de egos, os bastidores do camarim – o teatro mira para o próprio teatro. Entre maquiagem e figurinos, emoções humanas à flor da pele protagonizam a peça em cartaz.“Como se fosse...” foi baseado no texto de “Deus Ex Machina”, de Hudson Andrade, a partir de um trabalho conjunto de leituras, conversas, exercícios físicos, idéias, colagens, desnudamentos, idas, voltas e cafés. Estimulado pelo ator Bill Aguiar e pelo diretor Adriano Barroso, o dramaturgo – numa visão muito particular da sua própria história e referências – produziu cenas onde o teatro é o protagonista e os atores são atores em sua essência.
O cenário para a peça não poderia ser mais apropriado. A plateia é levada para o ambiente do camarim, lugar onde atores se desfazem de suas identidades e assumem novos papéis: "É no camarim que nos concentramos para a entrada no palco. Este momento pré-espetáculo é muito importante para o grupo que está por trás da criação. Ali, muitas coisas são definidas", diz Hudson.
O que o público vai ver neste cenário são os dois atores no processo de preparação para a entrada no palco, o que torna a escolha do lugar ainda mais interessante. "Enquanto travamos o diálogo, estaremos reproduzindo uma das partes mais essenciais de um espetáculo: a preparação. São os rituais de maquiagem, de vestir o figurino e os exercícios corporais e de voz", acrescenta.
Fotos: Jorge Anderson
*Texto original: Deus Ex Machina, de Hudson Andrade
Direção: Wlad Lima
Assistência de direção: Yeyé Porto
Elenco: Hudson Andrade & Leoci Medeiros
Iluminação: Sônia Lopes
Cenário, figurinos, adereços e máscaras: Néder Charone
Direção de palco: Frank Costa
Fotos para divulgação: Brenda Nunes
Cartaz: Estúdio Guerra
Apoio: Sol Informática e Dy Zaccas
Produção: Paulo Porto & Yeyé Porto
Realização: A Casa da Atriz
Texto Base: Guiart.com.br
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