Pelos 386 anos do mercado mais popular das Américas!
Muitas histórias. Muitas vidas. Muitos cheiros e olhares. Conduzem o passar apressado e sorrateiro de traze untes, pedintes, trabalhadores e moradores dos barcos, residências e condutores que se confunde com o voo do belo e do feio pássaro negro que conduz o vai e vem das nuvens. Tratando com gentileza e incansável ignorância da sujeira deixada para traz de seus consumidores e produtores de seus próprios resíduos orgânicos e inorgânicos por ora, sem noção!
*Max Martins em sua literatura, com gentileza e amor pela cidade que tanto contribuiu para sua escrita, deixou nos arquivos da poesia paraense o seu olhar do Ver-o-Peso.
POEMA!
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A canoa traz o homem
a canoa traz o peixe
a canoa tem um nome
no mercado deixa o
peixe
no mercado encontra a
fome
a balança pesa o
peixe
a balança pesa o
homem
a balança pesa a fome
a balança vende o
homem
vende o peixe
vende a fome
vende e come
a fome vem de longe
nas canoas
ver o peso
come o peixe
o peixe come
o homem?
vende o nome
vende o peso
peso de ferro
homem de barro
pese o peixe
pese o homem
o peixe é preso
o homem está preso
presa da fome
ver o peixe
ver o homem
vera morte
vero peso.
Max Martins
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