8 de março de 2013

Mulheres contra os Fundamentalismo


Movimentos Feministas e Movimentos Sociais foram as ruas de Belém, hoje, Dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, em um Ato Unificado Contra os Fundamentalismo, para mostrar a sociedade sua indiginação com a situação da mulher no Pará.
Para muitas mulheres dos movimentos sóciais, o dia  de hoje não é um dia de celebração e sim de reflexão por uma luta que persiste por muitos anos, para Nilma Bentes, do Cedenpa (Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará), o machismo ainda é um dos grandes problemas que a mulher enfrenta, “ É visivel que o que estrutura a desigualdade no país é a questão do racismo e do machismo, então lutar pela equidade de gênero e raça é nosso dever.”
 Viviane Brigida que é do Movimento Sem Terra do Pará, destaca que a data é de suma importância, por que marca uma luta que as mulheres sem terra vivem todos os dias, “ A mulheres do MST, que lutam contra o capital, já começaram em todo o Brasil a luta por um mundo melhor, por uma sociedade mais justa e igualitaria para todos e principalmente para todas as mulheres”, concluiu a militante.
O Ato começou no início da manha, na avenida Nazaré, seguiu até a Dr. Moraes, onde houve uma manifestação em frente ao prédio da FAEPA – Federação da Agricultura e Pecuária do Pará. Em seguida a caminhada foi pela avenida José Malcher, até a Assis de Vasconcelos e depois passou pela Presidente Vargas, até a Castilhos França, a caminhada parou em frente ao Mercado do Ver-o-Peso, para uma apresentação especial do grupo de teatro da Unipop.
O Ato terminou com uma manifestação em frente a prefeitura de Belém, onde 14 lideranças foram recebidas pelo prefeito Zenaldo Coutinho, para uma reunião onde vão apresentar suas reivindicações.
Cerca de 600 mulheres participaram do ato de enfrentamento politico contra os fundamentalismos machistas, contra os conservadores, contra a criminalização das mulheres, contra a indústria da beleza, a igreja conservadora, o racismo, a heteronormatividade, a violência, a mercantilização do corpo, a prisão e punição pela prática do aborto, pela falta de políticas públicas, pela não garantia da reforma Agrária,  falta de acesso aos métodos contraceptivos, a falta de creches, pela mercantilização da natureza, construção de hidrelétricas nos rios amazônicos e o não reconhecimento e homologação das terras índigenas e titulação coletiva das terras quilombolas e de comunidades tradicionais.

Autor: Ascom FAOR 
Fonte: http://faor.org.br/?noticiaId=946

Nenhum comentário:

Postar um comentário