Movimentos Feministas e Movimentos Sociais foram as
ruas de Belém, hoje, Dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, em um Ato
Unificado Contra os Fundamentalismo, para mostrar a sociedade sua indiginação
com a situação da mulher no Pará.
Para muitas mulheres dos movimentos sóciais, o
dia de hoje não é um dia de celebração e
sim de reflexão por uma luta que persiste por muitos anos, para Nilma Bentes,
do Cedenpa (Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará), o machismo ainda é um
dos grandes problemas que a mulher enfrenta, “ É visivel que o que estrutura a
desigualdade no país é a questão do racismo e do machismo, então lutar pela
equidade de gênero e raça é nosso dever.”
Viviane
Brigida que é do Movimento Sem Terra do Pará, destaca que a data é de suma
importância, por que marca uma luta que as mulheres sem terra vivem todos os
dias, “ A mulheres do MST, que lutam contra o capital, já começaram em todo o
Brasil a luta por um mundo melhor, por uma sociedade mais justa e igualitaria
para todos e principalmente para todas as mulheres”, concluiu a militante.
O Ato começou no início da manha, na avenida Nazaré,
seguiu até a Dr. Moraes, onde houve uma manifestação em frente ao prédio da
FAEPA – Federação da Agricultura e Pecuária do Pará. Em seguida a caminhada foi
pela avenida José Malcher, até a Assis de Vasconcelos e depois passou pela
Presidente Vargas, até a Castilhos França, a caminhada parou em frente ao
Mercado do Ver-o-Peso, para uma apresentação especial do grupo de teatro da
Unipop.
O Ato terminou com uma manifestação em frente a
prefeitura de Belém, onde 14 lideranças foram recebidas pelo prefeito Zenaldo
Coutinho, para uma reunião onde vão apresentar suas reivindicações.
Cerca de 600 mulheres participaram do ato de
enfrentamento politico contra os fundamentalismos machistas, contra os
conservadores, contra a criminalização das mulheres, contra a indústria da
beleza, a igreja conservadora, o racismo, a heteronormatividade, a violência, a
mercantilização do corpo, a prisão e punição pela prática do aborto, pela falta
de políticas públicas, pela não garantia da reforma Agrária, falta de acesso aos métodos contraceptivos, a
falta de creches, pela mercantilização da natureza, construção de hidrelétricas
nos rios amazônicos e o não reconhecimento e homologação das terras índigenas e
titulação coletiva das terras quilombolas e de comunidades tradicionais.
Fonte: http://faor.org.br/?noticiaId=946
Nenhum comentário:
Postar um comentário