5 de dezembro de 2010

Sobre Um Beijo.

O relógio na Parede, a tinta cor meio desgastada sobre a insolência devoradora de seus pensamentos. Me permitiram entrar na obsoleta luz transluzente de alma e compaixão de meus desejos. Eram como fogo!
Sei que ai entrar em contato mnesmo sabendo da incompatibilidade imposta de nossa história, da ocorrência desalmada de Carlos, da inveja corriqueira de Eduarda e da cumplicidade de Fernanda. Não mudaria em nada o intenso desejo de beijar-te.
Beijaria como uma brilhante estrela a vagar peço espaço, como se estivesse à procura da magnetude contempladora do vazio.
Um único beijo teu na maior das inocências me levaria a enchegar aquilo que sempre recusei aceitar; o circunspecto denotativo de minha dignidade.
Passaram-se horas interminaveis na imensidão amarelada da atmosfera de teus cabelos.
Fiquei paralisada no fluxo continuo dos movimentos sincronizantes do teu corpo mulato e forte. Desejei profundamente.
Minha  cabeça girava, me causando enjoo existêncial no pequenino núcleo desigual de meu ser.
A essa altura não me restariam muitas escolhas , à não ser respeita-lo e aguardá-lo em outros momentos com seu corpo.

Por Bruna Maria.

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