De: Padre Antonio Vieira
Pinta-se o amor sempre menino.
Porque ainda que passe dos sete
anos.
Como o de Jacob, nunca chega à
idade de uso de razão.
Usar de razão, e amar.
São duas coisas que não se juntam.
A alma de um menino que vem a
ser?
Uma vontade com afectos e um
entendimento sem uso.
Tal é o amor vulgar.
Tudo conquista o amor, quando
conquista uma alma.
Porém o primeiro rendido é o
entendimento.
Ninguém teve a vontade
febricitante.
Que não tivesse o entendimento
frenético.
O amor deixará de variar, se for
firme.
Mas não deixará de tresvariar, se
é amor.
Nunca o fogo abrasou a vontade.
Que o fumo não cegasse o
entendimento.
Nunca houve enfermidade no
coração.
Que não houvesse fraqueza no
juízo.
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