No meu último sábado(1) de dezembro, saindo de um "Encontro de Juventude" na Casa da Linguagem localizado na esquina da Praça da República. Eis que me deparo com a brilhante e encantadora iniciativa, organizada por um grupo de 12 amigos que tocados e sensibilizados com o "AMOR". Resolveram proporcionar aos monumentos e espaços públicos de nossa grande Cidade de Belém, o colorido intenso de vários corações que estão espalhados pela cidade.
Se você ainda não se deparou com um coração desses.
É bom; Parar. Olhar. Refletir. e Repensar o significado histórico e contagiante de ver o quanto nossa cidade e bela e acolhedora. Basta a gente se dedicar e conservar esses espaços que são de todos e para todos. Olhar com mais carinhos...E acima de tudo com Amor.
Bate coração...
Registro de Aqui Bate um Coração na Praça da República.
JorgeAnderson
Foto: Débora Ribeiro.
Saiba mais, abaixo!
Matéria publicada no jornal Diário do Pará
*(E eis que a cidade amanheceu com
corações)
O amor venceu a agonia na Coluna
da Infâmia. Na manhã de domingo, os seres humanos representados no sombrio
monumento instalado no bairro de São Braz apareceram com brilhantes corações
vermelhos colados ao peito. Além da Coluna, outros monumentos em 16 pontos de
Belém também amanheceram com corações colados, trazendo à paisagem da cidade a
lembrança do amor, que quase não encontra espaço na correria diária.
A intervenção na paisagem belenense
foi feita por um grupo de 12 amigos, que trouxeram para Belém a proposta do
movimento “Aqui Bate um Coração”, na madrugada de domingo. Iniciado por um
outro grupo de amigos em São Paulo, o movimento ganhou a adesão de grupos
organizados em 25 cidades do Brasil e chegou à Inglaterra, México, Londres,
Espanha e Portugal. Amor, gentileza e um olhar mais sensível sobre o cotidiano
urbano são os principais objetivos da ação.
Por outro lado, o sorriso, o
questionamento e a reflexão são as principais reações esperadas pelos
organizadores do “Aqui Bate um Coração”. A curiosidade e o apego pode fazer com
que os corações saiam do local da ação e circulem por outras paisagens. O grupo
já espera que alguns desses corações sejam retirados pelas pessoas que, de
alguma forma, interagem com a intervenção. Feitos de isopor e envernizados em
vermelho, as peças foram coladas com fita dupla face, para facilitar a remoção.
“A ideia é despertar bons sentimentos nas
pessoas, reativar as coisas positivas guardadas nas imagens da cidade. Colorir
a realidade cinzenta da metrópole”, diz Sabrina Mesquita, uma das organizadoras
da intervenção. Através de um grupo na internet, os amigos estão organizando a
ação em Belém desde julho, além realizar diversas reuniões para organizar
agenda e produzir os corações. Conciliar o tempo e disponibilidade de todos foi
a tarefa mais difícil.
Além do monumento em São Braz,
também receberam corações o relógio da Praça do Relógio e as estátuas das
praças Batista Campos, Carmo, Dom Pedro, Frei Caetano, Sereia, Pescador, Palmeira,
Trindade, Waldemar Henrique e Bosque Rodrigues Alves. Na Praça da República,
além das estátuas, algumas mangueiras também foram decoradas. A sumaumeira da
República recebeu um coração maior, condizente com seu porte, assim como a sumaumeira
do Hangar, Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Mesmo não sendo um
monumento público, a sereia do bar Rubão, na Cidade Velha, também recebeu a
intervenção.
Quando presenciou a ação, às 2h
da manhã de domingo, a proprietária do bar Nosso Recanto, na Praça do Carmo,
pediu e ganhou um coração para o espaço. “Essa é uma praça de muito amor”,
disse ela, justificando a necessidade de mais corações espalhados na Praça.
Assim como ela, alguns vigilantes noturnos da Cidade Velha acompanharam
intrigados a intervenção e ganharam corações adesiva dos à roupa para lembrar a
ação.
A intervenção em Belém iniciou à
meia-noite de sábado e durou até às 6h30 da manhã de domingo, quando o grupo
registrou algumas reações dos transeuntes que notavam o colorido das estátuas.
O próximo passo é a produção do vídeo “Belém, Aqui Bate um Coração”, com as
imagens da intervenção e, se possível, com algumas reações populares à
humanização na
paisagem belenense. Por enquanto,
o que o grupo quer é que uma dessas imagens toque o seu coração.
Fonte: (Ettiene Angelim/Diário do Pará)
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