24 de janeiro de 2014
O grande desastre aéreo de ontem.
Para Cândido Portinari
De: Jorge de Lima
De: Jorge de Lima
Vejo sangue no ar, vejo
o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice.
E o
violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira
negra e seu estradivárias. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na
explosão.
Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor.
Vejo
sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos
poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista,
mais rápida porque vem sem vida.
Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas,
como se dançassem ainda.
E vejo a louca abraçada ao ramalhete de rosas que ela
pensou ser o paraquedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas
riscando o céu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir
dobrando finados pelos pobres mortos.
Presumo que a moça adormecida na cabine
ainda vem dormindo, tão tranqüila e cega!
Ó amigos, o paralítico vem com
extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento.
Chove sangue sobre as nuvens de Deus.
E há poetas míopes que pensam que é o
arrebol.
Fonte da Imagem da Internet:
Sobre Linha:
Recordo incessantemente o modo condizente desse texto, quando foi apresentado a mim: - Sobre uma cama.
Dois corpos.
Um olhar que se contradizia ao meu.
De forma singela, bonita e com vestígio de uma saudade de velhos tempos.
*Foram 3 encontros!
Os rolezinhos nos acusam: somos uma sociedade injusta e segregacionista.
23/01/2014
Leonardo Boff
Leonardo Boff
O
fenômeno dos centenas de rolezinhos que ocuparam shoppings centers no Rio e
em São Paulo suscitou as mais
disparatadas interpretações. Algumas, dos acólitos da sociedade neoliberal do
consumo que identificam cidadania com capacidade de consumir, geralmente nos
jornalões da mídia comercial, nem merecem consideração. São de uma indigência
analítica de fazer vergonha.
Mas
houve outras análises que foram ao cerne da questão como a do jornalista Mauro
Santayana do JB on-line e as de três
especialistas que avaliaram a irrupção dos rolês na visibilidade pública
e o elemento explosivo que contém. Refiro-me à Valquíria Padilha, professora de
sociologia na USP de Ribeirão Preto:”Shopping Center: a catedral das
mercadorias”(Boitempo 2006), ao sociólogo da Universidade Federal de Juiz de
Fora, Jessé Souza,”Ralé brasileira: quem é e como vive (UFMG 2009) e de Rosa Pinheiro Machado, cientista social
com um artigo”Etnografia do Rolezinho”no Zero Hora de 18/1/2014. Os três deram
entrevistas esclarecedoras.
Eu
por minha parte interpreto da seguinte forma tal irrupção:
Em
primeiro lugar, são jovens pobres, das grandes periferias, sem espaços de lazer e de cultura,
penalizados por serviços públicos ausentes ou muito ruins como saúde, escola,
infra-estrutura sanitária, transporte, lazer e segurança. Veem televisão cujas
propagandas os seduzem para um consumo que nunca vão poder realizar. E sabem
manejar computadores e entrar nas redes sociais para articular encontros. Seria
ridículo exigir deles que teoricamente tematizem sua insatisfação. Mas sentem
na pele o quanto nossa sociedade é malvada porque exclui, despreza e mantém os
filhos e filhas da pobreza na invisibilidade forçada. O que se esconde por trás
de sua irrupção? O fato de não serem incluidos no contrato social. Não adianta
termos uma “constituição cidadã” que neste aspecto é apenas retórica, pois implementou muito pouco do que prometeu em
vista da inclusão social. Eles estão fora, não contam, nem sequer servem de
carvão para o consumo de nossa fábrica
social (Darcy Ribeiro). Estar incluído no contrato social significa ver
garantidos os serviços básicos: saúde, educação, moradia, transporte, cultura,
lazer e segurança. Quase nada disso funciona nas periferias. O que eles estão
dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? “Oia nóis na fita”; “nois
não tamo parado”;”nóis tamo aqui para zoar”(incomodar). Eles estão com seu
comportamento rompendo as barreiras do aparheid social. É uma denúncia de um
país altamente injusto (eticamente), dos mais desiguais do mundo (socialmente),
organizado sobre um grave pecado social pois contradiz o projeto de Deus (teologicamente). Nossa
sociedade é conservadora e nossas elites altamente insensíveis à paixão de seus semelhantes e por isso
cínicas. Continuamos uma Belíndia: uma Bélgica rica dentro de uma India pobre.
Tudo isso os rolezinhos denunciam, por atos e menos por palavras.
Em
segundo lugar, eles denunciam a nossa
maior chaga: a desigualdade social cujo verdadeiro nome é injustiça histórica e
social. Releva, no entanto, constatar que com as políticas sociais do governo
do PT a desigualdade diminiui, pois segundo o IPEA os 10% mais pobres tiveram
entre 2001-2011 um crescimento de renda acumulado de 91,2% enquanto a parte
mais rica cresceu 16,6%. Mas esta diferença não atingiu a raíz do problema pois
o que supera a desigualdade é uma infraestrutura social de saúde, escola,
transporte, cultura e lazer que funcione e acessível a todos. Não é suficiente
transferir renda; tem que criar oportunidades e oferecer serviços, coisa que
não foi o foco principal no Ministério de Desenvolvimento Social. O “Atlas da
Exclusão Social” de Márcio Poschmann (Cortez 2004) nos mostra que há cerca de
60 milhões de famílias, das quais cinco
mil famílias extensas detém 45% da riqueza nacional. Democracia sem igualdade,
que é seu pressupsto, é farsa e retórica. Os rolezinhos denunciam essa
contradição. Eles entram no “paraíso das mercadorias” vistas virtualmente na TV
para ve-las realmente e senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio insuportável pelos
donos do shoppings. Eles não sabem dialogar, chamam logo a polícia para bater e
fecham as portas a esses bárbaros. Sim, bem o viu T.Todorov em seu livro “Os
novos bárbaros”: os marginalizados do mundo inteiro estão saindo da margem e
indo rumo ao centro para suscitar a má consciência dos “consumidores felizes” e
lhes dizer: esta ordem é ordem na desordem. Ela os faz frustrados e infelizes,
tomados de medo, medo dos próprios semelhantes que somos nós.
Por
fim, os rolezinhos não querem apenas consumir. Não são animaizinhos famintos.
Eles tem fome sim, mas fome de reconhecimento, de acolhida na sociedade, de
lazer, de cultura e de mostrar o que sabem: cantar, dançar, criar poemas
críticos, celebrar a convivência humana. E querem trabalhar para ganhar sua
vida. Tudo isso lhes é negado, porque, por serem pobres, negros, mestiços sem
olhos azuis e cabelos loiros, são desperezados e mantidos longe, na margem.
Esse
tipo de sociedade pode ser chamada ainda de humana e civilizada? Ou é uma forma
travestida de barbárie? Esta última lhe convem mais. Os rolezinhos mexeram numa
pedra que começou a rolar. Só parará se houver mudanças.
Artigo
escrito primeiramente para o JB on-line
21 de janeiro de 2014
Unipop marca presença no Ato de Combate à Intolerância Religiosa
21/01/2014
Depois de fazer intervenção no anfiteatro da praça, Comitê
finalizou atividade em frente ao Theatro da paz
Em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância
Religiosa, no último domingo (19.01) adeptos de diversas religiões se reuniram
no anfiteatro da Praça da República, em Belém (PA), para realizar o 5° Ato de
Combate à Intolerância Religiosa, organizado pelo Comitê Inter-religioso do
Estado do Pará (CIEPA).
O ato foi de fundamental importância para as juventudes
presentes, inclusive para os participantes do Projeto Jovens Comunicadores da
Amazônia, promovido pelo Instituto Universidade Popular (Unipop) com o apoio do
Instituto Oi Futuro, os quais praticaram respeito à diversidade religiosa e
demonstraram que é possível pautar as demandas juvenis aliadas à defesa dos
direitos humanos independente do credo, raça, etnia e classe social.
Para os jovens comunicadores, que também integram da Rede Ecumênica
da Juventude (REJU), a participação no ato junto às lideranças religiosas
engrandeceu a espiritualidade e serviu para fortalecer as práticas sociais por
um mundo mais justo e igualitário. Em sua intervenção no ato, Rafael Almeida,
membro da Rede Ecumênica, afirmou que “as juventudes da região metropolitana de
Belém vêm sofrendo significativamente com a violência urbana, entretanto, não
desistem de lutar por outro mundo possível, principalmente pautando os direitos
humanos”.
Jovens Comunicadores em caminhada pelo respeito a
diversidade religiosa
A necessidade de conviver em uma sociedade harmônica que
respeite às diversas manifestações religiosas foi o que norteou as falas
durante o ato. O movimento se tornou muito relevante para corroborar o respeito
à diversidade das religiões no Brasil, um país que ainda não vive a laicidade
de forma plena e viola a Constituição Federal e a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, ao garantir no Artigo XVIII que "Toda pessoa tem o direito
à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a
liberdade de mudar de religião ou crença a liberdade de manifestar essa
religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância,
isolada ou coletivamente, em público ou particular”.
Para Alan Fonseca, do Comitê Inter-Religioso, “a maior
importância é a promoção do diálogo inter-religioso; as pessoas acham que
conseguem se comunicar e se entender. O outro parece muito exótico e estranho,
e a função do comitê é fazer com que as pessoas reconheçam o humano que existe
por trás do exótico. A diversidade em nosso grupo é bem-vinda. A importância
principal do comitê é promover a diversidade religiosa”.
Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Em 27 de dezembro de 2007, a Lei nº 11.635 instituiu o dia
21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data
foi pensada em homenagem à Mãe Gilda, sacerdotisa afro religiosa vítima de
intolerância religiosa, morta por ter tido sua foto associada à charlatanismo.
Fonte: Unipop: http://www.unipop.org.br/detalha_noticia.php?id=1578
20 de janeiro de 2014
Triangulo Obscuro!
O triangulo angular de ângulos da câmara obscura!
Um exercício experimental de possibilidades com a imagem!
Um mergulho bricante dá luz!
Fotos: Jorge Anderson
Um exercício experimental de possibilidades com a imagem!
Um mergulho bricante dá luz!
Fotos: Jorge Anderson
17 de janeiro de 2014
Ilustrações Críticas-Social!
Ilustrações fazem críticas ao modo de vida da sociedade!
Fonte:
http://www.universoaa.com.br/galeria/ilustracoes-chocantes-fazem-criticas-sarcasticas-a-sociedade/
Fonte:
http://www.universoaa.com.br/galeria/ilustracoes-chocantes-fazem-criticas-sarcasticas-a-sociedade/
13 de janeiro de 2014
A construção da identidade do jovem e suas escolhas.
2014. Para que o espírito de juventude permaneça firme e forte!
Percebemos que
atualmente a juventude vem se tornando um fenômeno cultural e social aparecendo
de uma forma preocupante, é necessário compreender que a juventude corre
riscos. As instituições responsáveis pela formação dos jovens que são a
família, a igreja e a escola, estão em crise. A violência parece ser hoje uma
maneira em que os jovens procuram para resolver os seus conflitos, isso se
torna cada vez mais comum, vemos isso sendo mostrado o tempo inteiro pelos
meios de comunicação como a TV, nos filmes e novelas de forma fictícia e nos
jornais de forma real. A conscientização dos jovens para esses problemas é
essencial, pois são eles os mais prejudicados e é parte deles também a tarefa
de buscar soluções para essas questões, pois assim como eles sofrem hoje pela
crise dessas instituições, amanhã eles serão essas instituições. Portanto, a
questão é: qual o papel da juventude dentro da sociedade?
Realizamos um projeto
em nossa escola com os alunos do primeiro ano do ensino médio com faixa etária
entre 13 e 15 anos e constatamos que há um caminho para as soluções dos
problemas que interferem principalmente nas escolhas dos jovens e na construção
da sua própria identidade. Abordamos temas como sexo, gravidez na adolescência,
drogas e tatuagens, religião, família, vida escolar e profissional. Esses são
termos conhecidos e vividos por eles diariamente, então a idéia foi iniciar
propondo uma reflexão para cada um sobre tudo aquilo que eles já realizaram em
suas vidas, o que fazem de bom, de útil ou de supérfluo. Essa idéia é fazer com
que cada um perceba seu papel dentro da sociedade, sua parcela de contribuição
para a resolução de problemas bem como sua parcela de culpa na evolução desses
mesmos. O resultado foi surpreendente. Incrível como a capacidade de percepção
de cada um deles em relação a esses fatos são dada de forma clara e objetiva e
conseguem visualizar um conjunto de possibilidades realmente capazes de
transformar o mundo.
O trabalho não é fácil,
ainda encontramos muitas resistências por parte dos adolescentes e dos jovens,
principalmente no que se refere à personalidade e identidade própria. Existe um
fator muito forte nesse aspecto que é a influência que os meios de comunicação
como a TV exerce sobre o tipo de comportamento jovem, onde se mostra um mundo
que é o sonho dos jovens, mas que está longe do alcance da maioria. Outro
aspecto se refere a influencia dos colegas, daqueles que exercem certas
influências nas idéias dos outros, através da persuasão, da manipulação ou
ameaça de exclusão em determinados grupos. Na escola essa pratica é muito
comum, a adesão do comportamento individual ao coletivo, onde o que importa é o
que a maioria pensa e não apenas uma idéia isolada, mesmo que essa idéia seja a
mais favorável para os fins objetivados. Com base nos relatos levantados pelos
alunos é possível perceber uma perca de identidade ou falta de personalidade
própria dos jovens em dois âmbitos. Primeiro em relação àqueles que deixam de
viver suas próprias escolhas pelas escolhas alheias, e segundo pelo próprio influenciador
ou o grupo que não consegue respeitar as idéias contrárias e nem conviver com a
diferença. Firmar a própria identidade, fortalecer a personalidade está em
fazer não apenas as próprias escolhas e pensar por si próprio, mas sim, também,
respeitar a opinião do outro e aceitar a diferença. A partir de algumas
questões levantadas sobre "o que é a juventude", "quais suas
características?" "Quais os direitos e deveres da juventude e o que a
ela tem feito ou deveria para melhorar a sociedade?" – ficou claro que
fazendo com que o jovem perceba realmente qual é o seu papel dentro do mundo
ela irá então estabelecer o seu parâmetro dentro da sociedade sem ser
influenciado de maneira arbitraria. Abordamos aspectos sobre mudanças, as quais
o jovem passa nas diferentes fases da vida determinadas por fatores naturais e
sociais. Evidenciamos como ponto principal a sexualidade, a qual está
relacionada ao modo como as pessoas vivem seus desejos e prazeres, em seus
contextos sociais e culturais. Deste modo, a escolha se baseia nas formas
culturais e sociais que vivemos e através dela constituímos nossas identidades.
Com base no
desenvolvimento do trabalho e principalmente através dos relatos dos alunos
concluímos que a identidade sexual é construída nas atitudes de convívio diário
que permite o desenvolvimento afetivo e das relações humanas, através da
amizade, das atitudes e dos sentimentos, sem as relações sexuais
necessariamente. Em muitos casos a vulgarização das relações entre homens e
mulheres está sendo apresentada de forma que conduz os jovens a atitudes
irresponsáveis em relação à sua vida e à sua sexualidade. As conseqüências
dessas atitudes impensáveis é a gravidez na adolescência que é uma das
indicações principais de que há uma péssima qualidade nas informações
transmitidas sobre o assunto. Essa característica é provocada pela
vulnerabilidade dos adolescentes causada pela perda de identidade própria.
Entendemos que a
adolescência é uma fase cheia de conflitos devido às transformações do corpo e
psicológicas vividas. A partir de então nascem às curiosidades, os
questionamentos, à vontade de conhecer, de experimentar o novo mesmo sabendo
dos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as suas próprias decisões que
nesses casos são devidos apenas às influencias alheias. A religião e a família
são instituições que ao mesmo tempo influencia e são influenciadas por aqueles
que fazem parte delas. Desde o nascimento, o crescimento e as relações que um
indivíduo estabelece com as pessoas existe sempre uma interferência, mesmo que
pequena, da família e da religião. É como se houvesse uma interdependência que
se estende ao convívio social.
É durante a vida
escolar, principalmente no ensino médio, que os alunos têm um único objetivo: a
escolha de uma profissão. Alguns crescem sabendo no que irão trabalhar, mas
muitos, em razão da pouca idade e experiência de vida, não conseguem definir o
caminho a seguir.A Construção da Identidade do Jovem está em se plantar
sementes em um solo fértil para que se tenha uma boa colheita. É preciso então
parar e pensar no que se tem feito para ser melhor, para ser diferente e, para
que isso aconteça acreditamos que o caminho está no desenvolvimento do jovem e
na sua preparação e compromisso com a qualidade. Então, é preciso jovens com um
perfil diferente, que não se conforme com aquilo que é mal feito, que não se
intimidem perante os problemas e crises, que se utilize de criatividade, de
humildade e não se deixe enganar pelas falsas promessas de vida.
O resultado desse
trabalho além de estar relatado no presente artigo podem ser visto também em um
blog criado especificamente para os alunos e um fórum de debates. No fórum
estão os comentários dos alunos sobre o projeto através dos assuntos: sexo,
gravidez na adolescência, drogas e tatuagens, religião, família e profissão e
vida escolar. Segue abaixo o endereço para que se possa conferir o resultado.
Obs. Para ter acesso ao
fórum é preciso digitar o endereço acima na barra de endereços caso não abra
apenas ao clicar no link.
Esse artigo foi
desenvolvido a partir de um projeto piloto com a turma do 1.° Ano do Ensino
Médio da Escola Estadual Eldorado, na cidade de Eldorado – MS com a colaboração
e participação dos seguintes professores: Prof.ª Lisa, Prof.º Rafael, Prof.ª
Patrícia e eu Prof.º Ronaldo. Pelo resultado satisfatório o projeto será
estendido para os alunos do 9.º Ano do Ensino Fundamental ao 3.º Ano do Ensino
Médio no ano letivo de 2010.
7 de janeiro de 2014
Nunca foi viável. BRT de Belém do Pará
Para ficar sabendo!
Belém do Pará rumo aos seus 400 anos.
Belém do Pará rumo aos seus 400 anos.
Uma das obras mais polêmicas da capital do Pará, o BRT, está
a uma semana de ter a sua primeira fase concluída.
Suas obras foram iniciadas no ano de 2012 ainda na gestão de
Duciomar Costa (PTB), com o valor orçado em 430 milhões de reais, já
disponíveis pelo PAC 2 (como confirmaram a antiga e a atual gestão municipal).
O projeto, que por questões de politicagem ia contra os interesses do governo
do estado, de Simão Jatene, começou com fraudes já no processo licitatório. Das
30 empresas envolvidas com o edital (obscuro e com falta de informações),
apenas uma ficou até o fim e atendeu “a todas as exigências do solicitante”: a
Andrade Gutierrez, construtora favorita do então prefeito. Com um prazo de
conclusão de 24 meses, as obras começaram repletas de falhas e sem as devidas
licenças ambientais, permanecendo assim até o fim da gestão de Duciomar.
Na atual gestão municipal, de Zenaldo Coutinho (PSDB), foi
aberta uma nova licitação e a mesma construtora (a Andrade Gutierrez) saiu
vitoriosa, mesmo com todos os casos de fraude e corrupção. A prefeitura
pretendia entregar a primeira etapa do projeto em junho de 2013, porém, a
entrega da mesma, com todos os problemas, foi adiada o dia 12/01/14, data de
aniversário do município e ano eleitoral.
Em março de 2013, Zenaldo assinou um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC), que garantiu um financiamento de 312 milhões da Caixa Econômica
Federal e mais 100 milhões do Orçamento Geral da União, somados aos 82 milhões
da própria prefeitura (totalizando 494 milhões). Sendo assim, o projeto orçado
inicialmente em 430 milhões de reais e com recursos garantidos em sua maioria
pelo governo federal (por meio do PAC 2) será pago ainda mais caro pela
população. O prefeito alega que o antigo gestor, Duciomar Costa, não deixou os
recursos disponíveis para dar continuidade às obras.
Comparando o nosso BRT com projetos de outras cidades:
BRT Belém: 20 quilômetros de extensão – 494 milhões de reais
(atualizados);
BRT Manaus: 23 quilômetros de extensão - 290 milhões de
reais;
BRT Brasília: 43 quilômetros de extensão – 530 milhões de
reais.
De imediato nota-se a grande diferença referente ao custo em
milhões por quilômetro de obra.
O governo do estado, através do programa Ação Metrópole,
pretendia iniciar as obras do BRT na capital paraense entre os anos de 2013 e
2014 (ano do novo gestor municipal e eleições estaduais respectivamente) para
promover o atual prefeito e governador. Ambos do PSDB. Com a intervenção do
ex-prefeito de Belém em 2012, Duciomar Costa (PTB), os planos dos tucanos de
iniciarem as obras perto das eleições foram acabados, porém, com os ventos
soprando a favor, as obras do BRT e outras que compõem o Ação Metrópole (como o
faraônico prolongamento da avenida João Paulo II) serão uma das principais
armas para a tentativa de reeleição de Simão Jatene e para o aumento da
popularidade de Zenaldo Coutinho.
O projeto completo (que deveria ser entregue ainda neste
ano) será entregue somente em 2016 (ano de eleições municipais) e a um custo
que poderá ultrapassar os atuais 494 milhões. Quanto a sua durabilidade? Não se
sabe por quantos anos o BRT será útil às condições de Belém, apenas que não
será por muito tempo. Pois, com a ausência de obras de mobilidade urbana
eficazes e falta de seriedade durante as execuções (onde prevalecem os
interesses políticos), a população (já desprovida, em sua maioria, de
conhecimento e respeito dentro e fora do trânsito) continuará a achar que a
aquisição veículos particulares é a solução para a falta de investimentos no
transporte público.
Fonte: Anonymous Pará
A Praia do Cruzeiro em Icoaraci de 1940!
Belém de suas histórias...
A incrível história da "construção" de uma praia,
para atender mimos de "intrusos", que precisavam de um espaço de
lazer na Belém de 70 anos atrás. Uma história desconhecida de uma das mais
populares praias de Belém.
Nos anos 40 do século XX, a base aérea construída pelos
americanos em Val de Cães foi fundamental para a frente de guerra na África.
Os aviões que vinham das fábricas no Canadá e nos Estados
Unidos, faziam escala aqui e eram preparados para as missões.
Um problema entretanto, atrapalhava a ação dos militares em
Belém.
Diferente da base de Natal, que tinha praia, Belém não
permitia este lazer aos soldados. Foi neste momento que houve a decisão pela
criação de uma praia na entrada do Rio Maguari, em uma enseada. Nascia assim a
Praia do Cruzeiro, em Icoaraci.
Próximo da base, foi a praia que surgiu dos esforços de
guerra. Você que vai ao distrito, quando passar por ela, lembre-se desta
história.
Fonte da página: https://www.facebook.com/belemdopassado
1 de janeiro de 2014
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