"Águas para a vida e não para a morte". Entoando a palavra de ordem, mais de 300 pessoas estiveram mobilizadas durante a abertura da VI Conferência do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), ocorrida na última segunda-feira (26), no Parque dos Igarapés. O evento tem como objetivo aprofundar a discussão sobre os problemas socioambientais existentes na região.
Durante o dia, as delegações do Maranhão, Tocantins e de Macapá foram recebidas pelos participantes paraenses, anfitriões da conferência. A mesa de abertura foi composta por líderes de diversos movimentos, como indígenas, quilombolas, redes feministas, ambientalistas, lutadores pela livre orientação sexual e pescadores.
Todas as organizações presentes reafirmaram o compromisso de lutar pela soberania da Amazônia. Os integrantes do painel de abertura proferiram muitas críticas ao atual modelo de desenvolvimento econômico imposto pelos últimos governos aos povos da região.
Segundo Aldalice Otterloo, coordenadora do Instituto Universidade Popular (Unipop) e membro do Comitê Executivo do FAOR, esse modelo prioriza o lucro e se caracteriza pela retirada dos direitos historicamente conquistados pela sociedade brasileira.
“As conquistas obtidas no Código Florestal Brasileiro estão em debate hoje no congresso federal, que em sua maioria é formado pelas bancadas ruralistas, que não têm como prioridade a defesa do meio ambiente e dos povos da floresta”, afirmou Aldalice.
A programação do primeiro dia terminou com manifestações culturais organizadas pelas próprias delegações participantes. O destaque ficou para o grupo de teatro da Unipop, que discutiu a necessidade da preservação ambiental da região amazônica.
Depois da apresentação teatral, todos os participantes deram os braços e formaram uma grande roda. O objetivo do gesto foi demonstrar a disposição de união dos povos para enfrentar aqueles que continuam interessados em saquear os recursos naturais da Amazônia. A programação da VI conferência do Faor acontece até o dia 29 de março.
Fonte: www.unipop.org.br
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