25 de fevereiro de 2011

Uma permissão sentida de Maiandeua!

Por: Soraia Pinheiro.

Escrevo ao Alexandre, Jorginho, André, Clause, Nete, Vanda, Andrei, Priscila, Geovani, Maria, Júnior, Amanda, Jorge Anderson, Tainá, Marisa, Lidia, Jennifer (não sei se é assim), Claudia (acho que é Claudia, se não for apanha um bolo!), Walter, Faísca, Duda (acho que é assim que chamam a moça do tambor!!!) Ser faltar alguém, é porque não sei o nome!


Escrevo para parabenizar e abraçar a tod@s que construiram esse espetáculo e o levaram ao palco e o sustentaram por todos esses dias. Não é fácil! Temporada longa intercalada com ensaios estressantes, tem horas que parece que o corpo não dará conta, mas então o coração de cansado bate mais forte e nos impulsiona a seguir em frente, a dar conta e quando o merda é gritado e as luzes se apagam na coxia, pronto! Dá-se a mágica e estamos prontos outra vez, corpo e coração integrados na sinergia que só quem vive e respira o teatro pode compreender. Sim, eu compreendo!

Valorizo o processo, por isso ouso afirmar que tal como disse Heráclito:"...já não é mais o mesmo rio, já não é mais o mesmo homem". Ouso afirmar que cada um e cada uma que deste processo participou sai outro, pois vivenciou uma dinâmica marcante de dor e amor, embora não acho que isso seja uma rima perfeita, mas entre dores e alegrias, como a dialética da vida nos permite, vocês percorreram um caminho e chegaram a Maiandeua, nossa e como é gostoso Maiandeua, tão bacana que nem lembramos do quão difícil foi o caminho para se chegar lá!

Como sabem, estou impossibilitada de andar, lembram da dinâmica "Onde me levam os meus pés?", pois é, os meus a lugar nenhum agora, mas aproveitei para aquietar meu corpo e alma, li jornal, vi tv, li revistas, livros...enfim e nessas leituras diárias de jornal (sim, diárias, pois estava a procura de casa pra morar) pude ler sobre Maiandeua e sobre vocês em várias edições e fiquei muito feliz e nem me interessa saber se foi bom, se os atores estavam bem, se o cenário era lindo...nada disso me importava, só conseguia lembrar de como foi o ano de 2010 e do quanto é difícil chegar a esse resultado, pois é fruto de uma conjunção de esforços de várias pessoas, e con-viver minha gente não é fácil, é uma arte que como o teatro é coletiva só se aprende junto e a cada dia, por isso mais uma vez parabéns meus astros e estrelas queridos.

Em 2011 faço 15 anos de UNIPOP, ressalto que entrei como tod@s vocês, através do Curso de Iniciação Teatral, que foi fundamental para ser a pessoa e a profissional que sou hoje, fui gestada nesse porão, fui primeiro atriz e depois assistente social, amo minha profissão, mas o tetro agregou valores e qualificou minha formaçao acadêmica, a esolha pelo teatro me fez melhor em todos os aspectos, principalmente porque a casa escolhida foi a UNIPOP.

Que bom tê-l@s conosco, a casa é de vocês e quem quiser ficar pode ficar e quem quiser ir, vá, mas lembrem-se nunca mais serão os mesm@s, ou serão?

Um abraço e um cheiro em cada um e cada uma!

Soraia Pinheiro.

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