27 de fevereiro de 2013

Migração e Tráfico de Mulheres e Prostituição

Migração e Tráfico de mulheres e Prostituição, serão tema de roda de conversa no Instituto Universidade Popular.

24 de fevereiro de 2013

Tentei por horas.




Tentei por horas, te biografar.
Tentei por horas, te encontrar.
Tentei por horas, te filmar.
Tentei por horas, te desenhar.
Tentei...
Tentei, justamente pelo simples fato subordinado da menina dos meus olhos sobre o menino que flutuava. Acreditando na subsistência de teus lábios úmidos que umedeciam levemente a superfície dos meus.

Corri. Para que tudo ficasse normal. Daquele jeito.

Corri. Para não esquecer o quanto foi intrigante o momento exato, como numa tardezinha de chuva desças que caem sem aviso prévio.

Corri. Na expectativa que o inesquecível pudesse acontecer.

E aconteceu!

Não esqueço.

23 de fevereiro de 2013

Disseram por aí.

Disseram por aí.

Que eu contei da nossa felicidade.
Mas, como? Se da nossa felicidade, ninguém poderia saber.
Meu bem, meu bem, meu bem, meu bem... Não dei ouvidos ao tom maldoso do alheio.
Afinal de contas, quem poderia nos proteger? Se não, nós mesmos.
Nosso lance é um caso sério. Só nós dois sabemos ter e ser...
Porque senão assim tão raro. Pra tantos é tão caro. Tem que valer a pena. O que vale mais?
Pouca gente sabe ter. Pouca gente pode ter. Pouca gente sabe viver.
É desejo? Meu bem. São tons inequívocos? Meu bem. São momentos únicos? Meu bem. Qual será a direção? Meu bem. Do nosso lugar? Meu bem.
A inveja é a vontade de ter aquilo que não se tem.
O ciúme é o medo da insegurança de perde aquilo que não se tem.
De tomarem o que certamente acreditei ter. E tenho. Não é?
De servi aquilo que a ninguém servirá.
Dá ingenuidade: Uma atenção. Um olhar. Um perdão. Um adeus.
Quanto tempo de atenção para os que falam sem saber?
Muitos querem se vestir daquilo que não lhes fica bem. Sempre, sempre.
Tristemente imitando o alheio.
Quem irá nos proteger?



*Num fim de tarde em que parte do meu mundo particular caiu!!?

Juventude Negra


Juventude em ação na luta pela garantia de direitos!!!
Hoje no Ciclo de Debates com o Núcleo de Articuladores Jovens (JPA - UNIPOP), dialogando sobre a Discriminação e o Extermínio da Juventude Negra, com a contribuição de Maria Luiza.
Foi muito além de um simples encontro. Foi a clareza o entendimento e a aceitação de nossos equívocos históricos, que a tanto tempo vem sendo enraizado em nossa educação.
Um momento de descobertas de se se fazer resistente diante de nossas origem!
Um Show!!!




Fotos: Débora Ribeiro.

Curso de Iniciação Teatral e Arte-educação.

Ainda dá tempo!
Fica a dica.



17 de fevereiro de 2013

"Para Sempre".



Trecho de texto do filme: “Para Sempre”.




Ela:
Eu prometo te ajudar a amar a vida.
E sempre te abraçar com carinho.
Há ter muita paciência que o amor exige.
E falar quanto às palavras forem necessárias ou fazer silêncio quando não forem concordar e descordar do bolo.
“Há vida no aconchego do seu coração e sempre ou te chamar de casa”.
Ele:
Eu juro amar você avidamente em todas as suas formas agora e para sempre.
Eu prometo nunca esquecer que esse é um amor que acontece uma vez na vida.
E saber sempre que no fundo da minha alma que não importe o que cause a nossa separação nos sempre acharemos um jeito de reatar.

A BELÍSSIMA FÁBULA DE XUÁ-XUÁ, A FÊMEA PRÉ-HUMANA QUE DESCOBRIU O TEATRO.





Uma fábula chinesa muito antiga – dez mil antes de cristo – conta a belíssima história de xuá-xuá, a fêmea pré-humana que fez a extraordinária descoberta do teatro. Segundo a fábula, foi uma mulher, e não um homem, quem fez essa descoberta fundamental.
Xuá-xuá viveu há dezenas de milhares de anos, quando as pré-mulheres e os pré-homens ainda vagavam pelas montanhas e pelos vales, à margem dos rios e dos mares, pelos bosques e florestas, matando outros animais para se alimentar, comendo plantas e frutos, protegendo-se do frio, morando em cavernas. Isso foi muito antes de Neandertal e Cromagnon, antes dos Homo Habilis e do Homo Sapiens, que já eram quase humanos na aparência no tamanho do cérebro e na imensa crueldade.
Xuá-xuá, que evidentemente não se chama assim, mesmo porque não se havia ainda inventado nenhuma linguagem falada ou inscrita, nem mesmo o protomundo, a primeira língua humana, fonte de todas as outras.
Xuá-xuá era a mais bela fêmea de sua horda e Li-peng, três anos mais velho, o mais forte dos machos. Naturalmente, eles se sentiram atraídos um pelo outro, gostavam de ficar juntos, de nadar juntos, de subir em árvores juntos, de sentir os odores mútuos, se lamber, se tocar, se abraçar, fazer sexo juntos, sem saber ao certo o que estavam fazendo. Era bem estar um com outro e juntos.
Um belo dia, xuá-xuá sentiu que seu corpo se transformará. Seu ventre crescia mais e mais, além da elegância. Ela tornou-se tímida, teve vergonha daquilo que se passava com seu corpo, e decidiu evitar Li-peng. Ele não compreendia nada do que se passava. Sua xuá-xuá não era mais a xuá-xuá que ele amava, nem no físico nem no comportamento. Os dois amantes se distanciaram. Xuá-xuá preferiu ficar só, vendo seu ventre inchar.
Li-peng, abandonado, decidiu caçar outras fêmeas, mas sem ter a esperança de encontrar nenhuma outra parecida com seu primeiro amor.
Dentro do ventre da mãe, Lig-lig-lé (-seja como for, trata-se de uma fábula chinesa, em que as liberdades as licenças poéticas são sempre bem-vindas) mesmo não tendo esse nome, pois, a linguagem não fora inventada.
Alguns meses depois, durante uma linda manhã de sol, xuá-xuá deitou-se à margem de um rio e deu à luz um menino. De longe Li-peng a observava, escondido atrás de uma árvore, incapaz de qualquer ação: espectador amedrontado!
Era pura magia! Xuá-xuá olhava o seu bebê, sem compreender aquilo que tinha surgido de dentro dela. Aquele corpinho minúsculo, que parecia com o seu, era sem dúvida uma parte sua, que antes estava dentro dela e agora estava fora.
De longe, Li-peng observava. Bom espectador.
O bebê se desenvolveu rapidamente: aprendeu a andar sozinho, a comer outros alimentos, além do leite de sua mãe. Tornou-se mais independente. Algumas vezes, o pequeno corpo não obedecia mais o grande corpo. Xuá-xuá ficou aterrorizada. Era como se ordenasse às suas mãos que rezassem, e elas insistissem em lutar boxe.
Atrás da sua árvore, Li-peng observava o ela grande e o ela pequeno. Guardava sua distância, observando.
Uma noite, xuá-xuá estava dormindo. Li-peng, curioso observava.
Li-peng não conseguia entender a relação entre xuá-xuá e seu filho, e queria criar sai própria relação com o menino.
Quando Lig-lig-lé acordou, Li-peng tentou atrair sua atenção. Xuá-xuá dormia quando os dois (pai e filho) partiram, como bons companheiros.
Desde o início, Li-peng soube perfeitamente que ele é Lig-lig-lé eram duas pessoas diferentes, pois não sabia ser lig-lig-lé seu filho (afinal, não via nenhuma relação de causalidade entre as brincadeirinhas do casal e o nascimento do bebê). Ele era ele, e a criança era o outro.
Ensinou seu filho a caçar, pescar etc. Lig-lig-lé estava feliz. Xuá-xuá ficou desesperada quando acordou e não viu o pequeno corpo ao seu lado. Chorava cada vez mais e com maior sofrimento, gritava e gritava, entre vales e montanhas esperando que seus gritos fossem ouvidos, mas Li-peng e Lig-lig-lé estavam longe demais para ouvi-la, e quando a ouviram, mais se afastavam.
No entanto, como eles pertenciam à mesma horda, Xuá-xuá reencontrou pai e filho alguns dias mais tarde. Tentou recuperar seu filho, mas o pequeno corpo, mesmo tendo saído do seu ventre, obra sua – ele era ela! –, era também outra pessoa com seus próprios desejos e vontades. A recusa de Lig-lig-lé em obedecer à sua mãe levou-a a compreender que eles eram dois, e não apenas um. Ela não queria estar junto de Li-peng; no entanto, esse era o desejo de Lig-lig-lé: cada um havia feito a sua própria escolha.
Então havia duas escolhas possíveis, duas opiniões, dois sentimentos diferentes: isto é, duas pessoas, dois indivíduos.
Esse reconhecimento obrigou xuá-xuá a olhar para si mesma e a ver-se como apenas uma mulher, uma não, uma dos dois: obrigou-a a se identificar e a identificar os outros. Quem era ela? Quem era o filho e quem era Li-peng? Onde estavam e para onde iriam? E quando? E agora? E amanhã? E depois? Teria ela outros homens, assim como Li-peng tivera outras mulheres?  E seriam todos tão predadores como Li-peng? O que aconteceria se o seu ventre crescesse outra vez? Xuá-xuá procurava respostas. Procurava a si mesma, se olhava: ela e os outros, ela e ela mesma; aqui e lá, hoje e amanhã. Ao perder o filho, xuá-xuá encontrou-se a si mesma e descobriu o teatro.
Foi nesse momento que se deu a descoberta! Quando xuá-xuá renunciou a ter seu filho totalmente para si. Quando aceitou que ele fosse outro, outra pessoa. Ela se viu separando-se de uma parte de si mesma. Então, ela foi ao mesmo tempo atriz e espectadora. Agia e se observava: eram duas pessoas em uma só – ela mesma!
Era espect-atriz. Como somos todos espect-atores descobrindo o teatro o ser se descobre humano.
O teatro é isso: a arte de nos sermos a nós mesmos, A arte de nos vermos vendo!      

8 de fevereiro de 2013

Ele todo ali!

Ele todo ali!
Preto, se contrapondo ao rio que com sutil leveza, ajudava a transpor o pôpôpô numa faixa de mata nativa da ilha do combú ao fundo! Num rio também chamado de mar. Ele me olhou.


Jamais...

*Um desafabo necessário para que meu coração não explodisse.
Para: C.S



Eu.
Por tanto tempo.
Jamais me arrependerei das coisas que fizemos ou deixamos de fazer.
Sejam quais quer das reações de dominação inerentes que tivemos um para com o outro.
Jamais...
Jamais poderia te submeter a algo que pudesse a nos levar a um comprometimento voraz de nossas declarações tão sutilmente sentidas de amizade.
Das músicas.
Das palavras e frases por vezes ditas de forma espontâneas. Por vezes ditas, sim.
De forma pensada e organizada.
Cujas conseqüências dessas reações por ora descomunais ao exato momento de tais reações.
Levaram-me a readequar-me aos fatos cogitados tantas vezes por ti.
Há pensar afetivamente a tudo e a todos que me circundam como numa ciranda dançante que por vários momentos tivemos a oportunidade de dançar.
Das conseqüências disso tudo:
Muitos risos.
Muitos pulos.
Muitos abraços.
Muitas noites.
Muitos alvoreceres.
Muitas manifestações de afeto e porque não dizer um “amor, amor”.
Tudo tão gentil, que chegou a extrapolar por varias vezes as barreiras da alucinação. Contagiando, contaminado sem precedentes quem estivesse por perto.
Ora.
Por tanto tempo...
Por ter tanto amor...Acabei caindo. Derrotando-me.
Uma nova chance?
Uma nova revanche?
Revanche?
Não, não!
Rendo-me.