O que aconteceu na Semana da Comunicação.
Curso de Comunicação Social da CNBB.
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O comunicador popular Enilson Nonato, da rádio comunitária FM Cabana, localizada em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), foi o convidado especial do primeiro dia da Semana de Comunicação, promovida pelos alunos do projeto Missão Friuli Amazônia, com o tema “Os meios de comunicação a serviço da cidadania”. Ele falou sobre o trabalho da emissora e do movimento que tenta legalizar as rádios apelidadas de “piratas”. Enilson informou que o Pará possui mais de 200 emissoras que estão em busca de legalização. Segundo ele, o processo para legalizar uma rádio comunitária demora cerca de 10 anos, “para os movimentos sociais”, frisou.
Mas para políticos brasileiros, conseguir a legalização de uma emissora dita comunitária, é mais fácil. Enilson disse que, no Pará, das quase cem emissoras com caráter comunitário a maioria está nas mãos de políticos e de grupos religiosos. “A comunicação está nas mãos de políticos como Jader Barbalho e Wladimir Costa”. Para Enilson, são os próprios políticos que impedem os movimentos sociais de possuir as rádios comunitárias. Ele também criticou os políticos que possuem as rádios comunitárias para se promover. “Não há fiscalização das rádios comunitárias que estão nas mãos de políticos”. O governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reprimiu muito o movimento das rádios comunitárias, disse o radialista. Ele falou ainda que no primeiro mandato do governo Lula a política de repressão ao movimento também foi grande. Só mudou nos últimos dois anos. Enilson Nonato disse que a luta do movimento tende a se fortalecer, por meio de entidades como o Fórum em Defesa das Rádios Comunitárias, em nível estadual, e a Associação Brasileira das Rádios Comunitárias, Abraço. “O Fórum é um movimento social que agrega outros movimentos com a SPDDH, MST, etc”, explicou. “Fazemos o contraponto com as emissoras comerciais”.
Encontro do dia: 24/05
Informações do site: Pascom News
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