Indo eu ontem à noite, depois dos
afazeres do dia. E de ter trocado boas energias com o/a #gomes. Tive que me
deparar com uma situação de extrema tensão e violência! Sem sombras de qualquer
dúvida. O fato ocorrido ontem no Coletivo "PAAR VER-O-PESO" #90720 é
o retrato do descaso social dos acessos as políticas públicas efetivas e de
qualidade na Educação, ao mercado de trabalho, ao lazer, à cultura que
compreendo ser um dos fatores de contemplação do "ser sentir bem" de
" ser útil para a sociedade" " de ser um/a gente de
transformação e visibilidade de algo que possa agregar valores e saberes para
um coletivo. Mas não foi muito bem isso que ocorreu por volta das 22:45hs na
almirante barroso sentido Belém/Ananindeua no trecho da Tuna Luso Brasileira.
Quando "do nada" surge uma viatura da Ronda Tática (ROTAM) abordando
o coletivo bruscamente interceptando-o. A minha reação de imediato e a de tod@s
aqueles passageiros agoniados para chegar em casa, foi só uma: O que está
acontecendo? Porque pararam o ônibus? Aparentemente não havia nenhuma #blitz (e
não havia) ou algo que pudesse interromper aquela viagem agradável de lotação.
Mas havia...! Havia a suspeita de dois meliantes e uma denúncia de que aquela
condução iria ser assaltada. Gente, como assim? É isso mesmo, uma tentativa de
assalto frustrada, denunciada por uma passageira que suspeitou do fato e desceu
paradas antes. Denunciando e dando tempo para que a viatura chegasse a tempo,
antes que o assalto coletivo acontecesse. Parece roteiro de filmes baseados em
fatos reais de violência, onde escracham tiros, sangue pra todo lado, mortes.
#Medo. Mas nada disso ocorreu. O fato é que encontraram os dois suspeitos com
as características exatas ditas pela "mulher que desceu paradas
antes" evitando assim o pior. Depois da tensão ocasionada pelo caso. E de os
policias terem encontrado com um deles uma arma. Adivinhem qual foi a forma de
"tratamento" e "abordagem" que os dois receberam? É...
No vai e vem disso tudo, fica
aquelas velhas e pertinentes perguntas:
Como agir numa hora dessas,
quando se é abordado por um meliante, seja em coletivos, nas praças, nas ruas
ou em qualquer lugar que você acha que está seguro? Como lidar e contar com a
segurança pública quando ela não se faz presente? e quando se faz, ainda abusa
de poder? Como transformar essa sociedade tão violentada em seus direitos
humanos? Qual é o papel do estado quando protegem ladrões
"invisíveis" aos nossos olhos e que só sentimos quando algum direito
nosso é e foi violado?...
Gente, quero deixar claro que não
estou do lado de quem tira dos outros um bem que não lhes pertence. Mas é
preciso parar para refletir nas causas que levaram a esses dois jovens (é eles
são jovens) a cometerem esses atos. E da forma como o estado os vê e os tratam.
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