29 de julho de 2012

28 de julho de 2012

Seus 80 anos. Terezinha Jorge

Oitenta anos.
Na pele de uma flor,(porque o tempo só se dá a quem traz o perfume do amor)
Nessa mulher-mãe a guarida maior é seu coração. (Porque o tempo só se dá a quem transforma esse tempo em emoção!)
Por isso, o tempo de dona Terezinha é feito de poesia: Beleza que se avizinha como um presente a todos que vivem ao seu redor.
Certamente, mais oitenta anos virá,(porque o tempo só se dá a quem faz este mundo melhor!).




Comemore sua festa \o/.
Minha querida e bondosa avó "Terezinha Jorge".
Com os seus brilhantes 80 anos de vida. \O/.
Muita luz e bem.


Foto: Retirada do Cartão Convite de Seu Aniversário.

20 de julho de 2012

Ao dia do Amigo!

Nem tenho grandes textos, ou palavras bonitas com frases de efeitos que juntas formariam uma bonita sonoridade que ao sair pela boca expressariam aquilo que está contido no pensamento.
Só pretendo tão somente não deixar passar esse dia dedicado ao/s querid@s AMIGOS, que cedo ou tarde a gente trata de encontra-los!

Deixo a minha gratidão.
Por tudo isso...
A cada um/a seu modo de ser/estar, de trocar, de compartilhar, de sentir, de tocar, de olhar, de falar, de gritar, de sorrir, de chorar, de dormir, de curtir, de cantar, de dançar, de ficar, de cheirar, de beijar... de amar!
Obrigado.
Dele: Jorge Anderson.

Coisas de Paraíso"

A experiência ao vivo e em cores!!
Lugares proibidos pela sociedade, porém, as melhores sensações possíveis.!!!




19 de julho de 2012

A mulher que comeu o mundo.


O Grupo Usina do Trabalho do Ator(RS) fez apresentação ontem no Anfiteatro da Praça da República. Um presentão para quem passava pela praça, ou para aqueles que já sabiam desse lindíssimo espetáculo de máscaras, canto e música que foi apresentado. " A MULHER QUE COMEU O MUNDO". 

Sensacional \o/.


Sinopse.!!
Numa pequena cidade, um célebre e rico ladrão, pai de uma moça gorda, morre. Ela era filha única, vivia isolada do mundo e, sem o pai, nada sabia fazer. Tamanha é a dor em seu coração que a moça esfarela o pai e o come, para tê-lo para sempre consigo.

E não sabendo mais o que comer sai e pede aos vizinhos que ao perceberem que a mulher não conhece o valor do dinheiro e está disposta a trocar toda a fortuna herdada por comida, bajulam-na em troca de suas riquezas. Tentando saciar seu apetite insaciável, a gorda inicia sua busca infindável por comida.

Eis o mote desse espetáculo que brinca com a metáfora da gorda relacionada a ganância e a busca desenfreada pelo poder. Revela também a ridícula condição humana de querer a permanência, a posse das coisas, e por isso lutar, dominar e matar.

Um espetáculo para adultos e crianças. Censura livre

Para contar essa história, a Usina do Trabalho do Ator fez uma incursão ao universo das máscaras, propondo um espetáculo que privilegia a linguagem gestual, a narrativa através da música cantada e a pontuação através da percussão realizada por instrumentos musicais incorporados aos figurinos.

















Fotos: Jorge Anderson.

16 de julho de 2012

Declaração final da Cúpula dos Povos na Rio+20.




Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental – Em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida
22 de junho, 2012
Movimentos sociais e populares, sindicatos, povos, organizações da sociedade civil e ambientalistas de todo o mundo presentes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental vivenciaram, nos acampamentos, nas mobilizações massivas, nos debates, a construção das convergências e alternativas, conscientes de que somos sujeitos de uma outra relação entre humanos e humanas e entre a humanidade e a natureza, assumindo o desafio urgente de frear a nova fase de recomposição do capitalismo e de construir, através de nossas lutas, novos paradigmas de sociedade.
A Cúpula dos Povos é o momento simbólico de um novo ciclo na trajetória de lutas globais que produz novas convergências entre movimentos de mulheres, indígenas, negros, juventudes, agricultores/as familiares e camponeses, trabalhadore/as, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, lutadores pelo direito à cidade, e religiões de todo o mundo. As assembleias, mobilizações e a grande Marcha dos Povos foram os momentos de expressão máxima destas convergências.
As instituições financeiras multilaterais, as coalizações a serviço do sistema financeiro, como o G8/G20, a captura corporativa da ONU e a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferencia oficial. Em contraste a isso, a vitalidade e a força das mobilizações e dos debates na Cúpula dos Povos fortaleceram a nossa convicção de que só o povo organizado e mobilizado pode libertar o mundo do controle das corporações e do capital financeiro.
Há vinte anos o Fórum Global, também realizado no Aterro do Flamengo, denunciou os riscos que a humanidade e a natureza corriam com a privatização e o neoliberalismo. Hoje afirmamos que, além de confirmar nossa análise, ocorreram retrocessos significativos em relação aos direitos humanos já reconhecidos. A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa crise se aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a democracia e a natureza, sequestrando os bens comuns da humanidade para salvar o sistema econômico-financeiro.
As múltiplas vozes e forças que convergem em torno da Cúpula dos Povos denunciam a verdadeira causa estrutural da crise global: o sistema capitalista patriarcal, racista e homofóbico.
As corporações transnacionais continuam cometendo seus crimes com a sistemática violação dos direitos dos povos e da natureza, com total impunidade. Da mesma forma, avançam seus interesses por meio da militarização, da criminalização dos modos de vida dos povos e dos movimentos sociais, promovendo a desterritorialização no campo e na cidade.
Da mesma forma, denunciamos a dívida ambiental histórica que afeta majoritariamente os povos oprimidos do mundo, e que deve ser assumida pelos países altamente industrializados. Ao fim e ao cabo, eles foram os que provocaram as múltiplas crises que vivemos hoje.
O capitalismo também leva à perda do controle social, democrático e comunitário sobre os recursos naturais e serviços estratégicos, que continuam sendo privatizados, convertendo direitos em mercadorias e limitando o acesso dos povos aos bens e serviços necessários à sobrevivência.
A dita “economia verde” é uma das expressões da atual fase financeira do capitalismo que também se utiliza de velhos e novos mecanismos, tais como o aprofundamento do endividamento público-privado, o super estímulo ao consumo, a apropriação e concentração das novas tecnologias, os mercados de carbono e biodiversidade, a grilagem e estrangeirização de terras e as parcerias público-privadas, entre outros.
As alternativas estão em nossos povos, nossa história, nossos costumes, conhecimentos, práticas e sistemas produtivos, que devemos manter, revalorizar e ganhar escala como projeto contra-hegemônico e transformador.
A defesa dos espaços públicos nas cidades, com gestão democrática e participação popular, a economia cooperativa e solidária, a soberania alimentar, um novo paradigma de produção, distribuição e consumo, a mudança da matriz energética,  são exemplos de alternativas reais frente ao atual sistema agro-urbano-industrial.
A defesa dos bens comuns passa pela garantia de uma série de direitos humanos e da natureza, pela solidariedade e pelo respeito às cosmovisões e crenças dos diferentes povos, como, por exemplo, a defesa do “Bem Viver” como forma de existir em harmonia com a natureza, o que pressupõe uma transição justa a ser construída com trabalhadores/as e povos.
Exigimos uma transição justa que supõe a ampliação do conceito de trabalho, o reconhecimento do trabalho das mulheres e um equilíbrio entre a produção e a reprodução, para que esta não seja uma atribuição exclusiva das mulheres. Passa ainda pela liberdade de organização e o direito a contratação coletiva, assim como pelo estabelecimento de uma ampla rede de seguridade e proteção social, entendida como um direito humano, bem como de políticas públicas que garantam formas de trabalho decentes.
Afirmamos o feminismo como instrumento da construção da igualdade, a autonomia das mulheres sobre seus corpos e sexualidade e o direito a uma vida livre de violência. Da mesma forma reafirmamos a urgência da distribuição de riqueza e da renda, do combate ao racismo e ao etnocídio, da garantia do direito à terra e ao território, do direito à cidade, ao meio ambiente e à água, à educação, à cultura, à liberdade de expressão e à democratização dos meios de comunicação.
O fortalecimento de diversas economias locais e dos direitos territoriais garantem a construção comunitária de economias mais vibrantes. Estas economias locais proporcionam meios de vida sustentáveis locais, a solidariedade comunitária, componentes vitais da resiliência dos ecossistemas. A diversidade da natureza e sua diversidade cultural associada é fundamento para um novo paradigma de sociedade.
Os povos querem determinar para que e para quem se destinam os bens comuns e energéticos, além de assumir o controle popular e democrático de sua produção. Um novo modelo enérgico está baseado em energias renováveis descentralizadas e que garantam energia para a população e não para as corporações.
A transformação social exige convergências de ações, articulações e agendas a partir das resistências e alternativas contra hegemônicas ao sistema capitalista que estão em curso em todos os cantos do planeta. Os processos sociais acumulados pelas organizações e movimentos sociais que convergiram na Cúpula dos Povos apontaram para os seguintes eixos de luta:
Contra a militarização dos Estados e territórios;
Contra a criminalização das organizações e movimentos sociais;
Contra a violência contra as mulheres;
Contra a violência às lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros;
Contra as grandes corporações;
Contra a imposição do pagamento de dívidas econômicas injustas e por auditorias populares das mesmas;
Pela garantia do direito dos povos à terra e ao território urbano e rural;
Pela consulta e consentimento livre, prévio e informado, baseado nos princípios da boa fé e do efeito vinculante, conforme a Convenção 169 da OIT;
Pela soberania alimentar e alimentos sadios, contra agrotóxicos e transgênicos;
Pela garantia e conquista de direitos;
Pela solidariedade aos povos e países, principalmente os ameaçados por golpes militares ou institucionais, como está ocorrendo agora no Paraguai;
Pela soberania dos povos no controle dos bens comuns, contra as tentativas de mercantilização;
Pela mudança da matriz e modelo energético vigente;
Pela democratização dos meios de comunicação;
Pelo reconhecimento da dívida histórica social e ecológica;
Pela construção do DIA MUNDIAL DE GREVE GERAL e de luta dos Povos.
Voltemos aos nossos territórios, regiões e países animados para construirmos as convergências necessárias para seguirmos em luta, resistindo e avançando contra o sistema capitalista e suas velhas e renovadas formas de reprodução.

Em pé continuamos em luta!
Rio de Janeiro, 15 a 22 de junho de 2012.
Cúpula dos Povos por Justiça Social e ambiental em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida.