Relato de um líder. Um não! Dois, três, quatro, cinco...
Sobre o que? Encontro de lideranças LGBT das afiliadas ao movimento LGBT paraense.
Pra quê?
Para contribuir no fortalecimento-construção do papel de liderança, articulados à rede paraense LGBT e de enfrentamento a epidemia de aids.
Contribuir na construção da identidade individual e coletiva dos lideres.
Sobre o quê?
1. Conceituação e Reflexão sobre a Identidade “Liderança”
2. Papel da liderança no desenvolvimento humano, cultural, local e social.
3. Articulação, Mobilização e Comunicação.
4. Planejamento da Continuidade da Formação
E como aconteceu?
Com-Vivência – geralmente nas avaliações desses encontros da rede LGBT, o que avalia-se mais como negativo, é a metodologia e a agenda excessiva. Falta mais tempo para a convivência e o diálogo mais orgânico. Baseado nessa recorrência, optamos por realizar as “Rodas” em ambientes mais agradáveis onde a política discutida seja regada por uma convivência fraterna e harmonizada com as energias diversas dos (as) diversos (as). Assim experienciamos o sentido sistêmico das ações que realizamos. Combinamos convivência fraterna, informação e comunicação.
Penso que na construção de redes sociais Humanizadoras e, portanto, de relações horizontais, o Líder é a primeira figura que articula pontos isolados como forma de resgatá-los para um dialogo constante e produtivo. A meta é a auto-criação da própria teia, da própria rede, quando ninguém estaria conduzindo o processo, mas a própria dinâmica. Entretanto até chegar essa fase, o trabalho do Líder é primordial, essencial, necessário. Seu trabalho é meio invisível, ele está aqui, ali, acolá sempre conversando, articulando, combinando algo, geralmente numa abordagem informal como em conversa de amigos. Para muitos não é um trabalho, mas pode ser considerado como função, profissão e missão. É uma discussão que queremos fazer. “Jocélio”
Encontro comigo mesmo:
Onde? No Banheiro
Como Líder aproveito bem as oportunidades, os “acasos”, utilizo este termo para esses encontros: fóruns, teia, seminários, onde o contexto é propício a fazer uma boa articulação. “Jocélio”
Conversa a Dois:
Quem? Jocélio e Jorge Anderson
Onde? Sala onde ocorreu a roda
Que hora começou? 22 horas
Que hora terminou? 02:30 horas
A pessoalidade é característica da minha ação enquanto líder. Em contraponto ao excesso de informações e relações impessoais, trabalhamos com um pequeno público, a fim de que pudéssemos construir uma relação humana, social e profissional mais afetiva e mais significativa pra cada um/a, coisa impossível quando se trata de grupos grandes. Escolhemos a Qualidade, e não a Quantidade. Cada um tem já sua rede de relações que, por tabela, receberá a reverberação desta ação de Liderança. Um grupo pequeno possibilita fazer um acompanhamento melhor, através do contato por telefone e internet. “Jocélio”
E a Roda?
Foi planejada uma única roda. O encontro é a principal oportunidade/importância para consciência grupal dos sentidos presentes nesta roda. É a convivência intensiva entre pessoas que já se conhecem, que já tem uma certa relação nessa rede social, que acenará para o fortalecimento e sustentabilidade da teia, articulada às outras redes várias. Para nós, nesse momento a “Roda” significa “tecelagem de redes”. Assumimos esse significado para a roda para visualizarmos a “pilar” que é cada um (a), cada ponta da teia, tod@s sendo únic@s, mas tod@s sendo força social, tecendo uma teia de sonhos e objetivos.
Redes Humanizadoras? Como?
Já é lugar-comum falarmos de rede no meio LGBT, do movimento social e, principalmente, por a internet ser na verdade uma rede de informações e relações. Entretanto, poucos se adentram mais profundamente nos aspectos transformadores que embasam a construção das redes sociais e limitam rede às redes virtuais onde circulam as informações e onde se estabelecem contatos de fato. Na construção da roda e da metodologia e no trabalho como facilitadores da mesma, enquanto Protagonistas Juvenis, selecionamos alguns conceitos que norteiam nossa relação em rede e as ações de formação que focalizamos. Primeiramente, a teia é formada e sustentada por pessoas, mesmo que, por trás destas pessoas, existam grupos, instituições; o sucesso das Redes Sociais está sendo exatamente este, ao contrário de outra rede que participamos, que é a Rede Jovens + Pará que, pautando-se nas instituições não formais, se constituiu como uma rede sólida. Outro aspecto é a falta de hierarquia na rede; onde todos são autônomos em sua articulação, mobilização, comunicação, onde todos os saberes tem o mesmo grau de importância. E outro fator que observamos é que, por mais que tenhamos mil contatos e participemos de muitas redes virtuais, as que se consolidam são aquelas que se constroem a partir de afetos e sentimento de pertencimento. Nesse sentido, a rede virtual cumpre um papel fundamental, precede relações orgânicas, mantém as relações estabelecidas vencendo distâncias, mas a rede é formada por pessoas e é real, por isso Rede de Afetos.
Comunicação pela Internet é importantíssimo.
Se por um lado, há uma política de inclusão social, a partir da inclusão digital, por outro lado, observamos que a ilimitada possibilidade de comunicação via internet vem nos bombardeando de e-mails de conotação irresponsável, fato que não é suficiente para alguns cuidados éticos e estéticos com a comunicação, fator necessário para que a essa de fato aconteça de forma correta. A velocidade dos dias atuais, o bombardeio de emails informais, as listas formatadas/bloqueadas muitas vezes nos impedem uma comunicação de fato. Nesse sentido, exercitemos um cuidado com a estética do email (tipo de assunto, sem agressões, sem ofensas, sem problemas de cunho pessoal e de relação, tipo de fonte, tamanho) bem como o cuidado com o destinatário enviar email específico para pessoa específica ou email específico para grupo específico, além lógico dos genéricos para as nossas listas, como informação sobre eventos, editais, congressos, cursos, etc.. Focado na comunicação, o ato também de responder os emails de forma respeitosa e responsável.
Por: JÓCELIO FERREIRA.
Militante é sempre militante, por mais q se mude os seus horizontes. Sorte nesse caminho.
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