Estava jogado profundamente em meu sono.
Quando ele chegou, se jogou e me abraçou.
Fazendo com que num ápice disconcertante e cheio de cumplicidade...
Fez com que eu piscasse!
Fotos: Jorge Anderson.
30 de agosto de 2011
Curso de Comunicação Popular 2011. UNIPOP
*Estão Abertas as Inscrições para o Curso: Comunicação Popular; Democratizando a Informação.
Para maiores detalhes vejam o Cartaz de Divulgação abaixo.
Para maiores detalhes vejam o Cartaz de Divulgação abaixo.
Fique por dentro!!!
Curso de comunicação
O curso de comunicação Popular: Democratizando a Informação, é um espaço que visa promover e estimular adolescentes e jovens das comunidades educativas da Região Metropolitana de Belém, articuladas ou não ao Programa JPA, a produzir, em diferentes linguagens midiáticas, instrumentos de mobilização social, capazes de articular interações criativas e autônomas, promovendo o exercício do direito à Comunicação e à Informação.
Objetivo Geral
Ampliar e fortalecer a participação de adolescentes e jovens no processo de produção, democratização e socialização de informações produzidas na comunidade, com repercussão em esfera regional e nacional.
Período
De 03/09/2011 à 03/12/2011
Público: 36 adolescentes e jovens na faixa etária de 16 à 24, sendo 26 das 13 comunidades educativas em que a UNIPOP desenvolve ações por meio do programa Juventude, Participação e Autonomia
Conteúdo Programático
Impresso
- Código de Ética e linguagem do Jornal;
- Gêneros jornalísticos (artigo, crônica, reportagem, nota, editorial, colunas, noticia, cartoon, história em quadrinhos, charges etc);
- Funções jornalísticas e suas atribuições (editor, repórter, fotógrafo, pauteiro, redator, etc.)
- Produção da notícia (reunião de pauta, apuração e encaminhamento de matérias).
TV Popular e produção de vídeos
- Produção de roteiro
- Produção de argumento
- Técnicas de vídeo
- Vídeo de bolso: Técnica
Internet: mobilizando na rede
- Contexto da Internet 2.0
- Novas ferramentas de mobilização social: Produção de blog e perfis nas redes sociais
- Construção de blogs
- Postar vídeos e imagens na internet
FotoImagem: AlexPamplona (Divulgação).
28 de agosto de 2011
Como se Fosse...no Sinergia Cultural da Unipop.
Na última sexta-feira do mês de agosto no Porão Cultural do Instituto Universidade Popular, foi apresentado as experiências de montagem do Espetáculo "Como se fosse..." da Companhia de Teatro Nós.
Como proposta para o público presente foi apresentado um trecho do espetáculo e em seguida houve uma roda de diálogo para explicar o processo de pesquisa,criação e atuação. Mostrando os bastidores do "antes", à preparação do ator/atriz-personagem em cena. Tudo que acontece e quem os espectadores não veem!
#Curti \o/.
Fotos: Jorge Anderson.
Como proposta para o público presente foi apresentado um trecho do espetáculo e em seguida houve uma roda de diálogo para explicar o processo de pesquisa,criação e atuação. Mostrando os bastidores do "antes", à preparação do ator/atriz-personagem em cena. Tudo que acontece e quem os espectadores não veem!
#Curti \o/.
Fotos: Jorge Anderson.
27 de agosto de 2011
Marcha das Vadias Belém. Neste Domingo!
*Por: Leila Bentes
E agora, no dia 28 de Agosto, será a vez das mulheres de Belém (PA) tomarem as ruas para protestarem, não só contra a violência sexual, mas também contra qualquer tipo de opressão e ataque a dignidade e os direitos das mulheres paraenses.
O Estado do Pará ocupa o quarto lugar na utilização do serviço 180 ( Central de Atendimento à mulher) e é o terceiro Estado em números de queixas de violência cometida contra as mulheres. Temos em nosso Estado um quadro de ineficiência noatendimento às mulheres vítimas de violência. A única Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM), um prédio cedido até hoje pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, não possui condições de atender às mulheres violentadas[1]. Não existe um atendimento especial às vítimas de violência sexual, confirmando que as políticas só serviram para escamotear uma falsa preocupação governamental em relação às mulheres. Uma recente pesquisa do Observatório Nacional de Implementação da Lei Maria da Penha(OBSERVE) deixa isso muito claro.
Então MARCHEMOS !
“Pela prevenção da violência, por posições igualitárias e incondicionais, pelo direito a voz e ao grito, pelo domínio de nossas vidas, pelo direito de ir e vir com segurança, pelo direito de dizer SIM ou NÃO sem sofrermos qualquer tipo de rotulação, por respeito, não somos mercadorias e nossos corpos não são objeto de prazer e consumo dos homens. Somos contra a lógica da cultura do estupro e contra as piadas que acabam reforçando e naturalizando tal conduta.” (Trecho da Carta Manifesto). Mas marchemos, além disso, por creches, por condições igualitárias de trabalho, por saúde, por prevenção, por respeito, pela não-criminalização do aborto, contra a homofobia e contra a essa sociedade que reproduz todas as formas de opressão feminina.
Nós do Juntas! estaremos na manifestação para denunciar a violência contra as mulheres que acontecem todos os dias. Nas casas, nas ruas e nas escolas e universidades.
Marcha das Vadias Belém.
Quem somos: http://www.youtube.com/watch?v=CzhoNgrS1OA
Quando? Dia 28 de Agosto de 2001
Onde? Saída da escadinha das Docas, ás 9h, até a praça da República.
Informações: http://mdvbelem.blogspot.com/
*Leila Bentes é militante do Juntos!, coordenadora do cursinho Isa Cunha (Rede Emancipa – Belém) e participa da organização da Marcha das Vadias Belém
25 de agosto de 2011
3joãodiabo1: Um último Conto de Cordel. Do Grupo Defenestradores de Teatro.
O Grupo Defenestradores de Teatro Convidam a tod@s a prestigiarem o Espetáculo "3joãodiabo1" que essa semana será apresentado na Praça do Ver-o-Rio no bairro do Umarizal.
Sábado às 20hs e Domingo às 18hs. Entrada Franca!!!
#Traga seus amigos.
#Dica de Jorge Anderson para o seu fim de semana \o/.
#Foto divulgação.
Sábado às 20hs e Domingo às 18hs. Entrada Franca!!!
#Traga seus amigos.
#Dica de Jorge Anderson para o seu fim de semana \o/.
#Foto divulgação.
24 de agosto de 2011
Sinergia Cultural. Agosto. "COMO SE FOSSE..." Bastidores. No Porão Cultural da Unipop.
No próximo dia 26 de agosto no Porão Cultural do Instituto Universidade Popular (UNIPOP) ás 19:00hs acontecerá mais uma programação do "Sinergia Cultural". Dessa vez o bate papo será com Hudson Andrade e Leoci Medeiros. Onde estaram mostrando os bastidores daS cenaS do espetáculo "COMO SE FOSSE...".
A Companhia Teatral Nós em parceria com o Grupo de Teatro da UNIPOP convidam o público a conhecerem o processo de montagem do espetáculo.
Onde em um camarim, minutos antes de começar um espetáculo baseado nas tragédias de Sófocles conhecidas como a Trilogia Tebana. Ali, enquanto se preparam, os atores vão desdobrando suas vidas e sentimentos, misturados com citações e lembranças. COMO SE FOSSE... é uma celebração ao teatro, às parcerias, ao amor à arte.
*Fica a dica para um programa de sexta-feira a noite. E melhor...Entrada Franca.
Segue cedo e divirta-se. \o/.
COMO SE FOSSE...
A Companhia Teatral Nós em parceria com o Grupo de Teatro da UNIPOP convidam o público a conhecerem o processo de montagem do espetáculo.
Onde em um camarim, minutos antes de começar um espetáculo baseado nas tragédias de Sófocles conhecidas como a Trilogia Tebana. Ali, enquanto se preparam, os atores vão desdobrando suas vidas e sentimentos, misturados com citações e lembranças. COMO SE FOSSE... é uma celebração ao teatro, às parcerias, ao amor à arte.
*Fica a dica para um programa de sexta-feira a noite. E melhor...Entrada Franca.
Segue cedo e divirta-se. \o/.
COMO SE FOSSE...
23 de agosto de 2011
A Bola!
Numa manhã pra lá de divertida.
Eu encontrei uma bola.
E nela pude descarregar toda a euforia e suor de um dia.
(Nos arredores de Marituba -PA).
*Pode paracer loucuraaaaaaa.
Mas é preciso imaginar e dela aproveitar ao máximo. \o/.
Fotos: Jorge Anderson e Thaiane Belém.
22 de agosto de 2011
Trechos!!
Por fim...ficou tudo bem! Ela não esperneou. Não Gritou.
Abriu um belo sorriso de bom dia, me abraçou, me cheirou e disse: Pensei que você não tivesse mais casa. Perdeu o rumo foi?
- Fiquei extasiado de tanto afeto.
Compreendeu.
Abriu um belo sorriso de bom dia, me abraçou, me cheirou e disse: Pensei que você não tivesse mais casa. Perdeu o rumo foi?
- Fiquei extasiado de tanto afeto.
Compreendeu.
Vida Animal.
Pelo Caminho me deparei, observei e pude perceber cada vez mais tamanha hipocrísia e egoísmo de nossa parte pensarmos que somos os únicos seres a pensar e agir de forma a resolver problemas/soluções desta vida.
Puro engano!!!
*Dos vários e valiosos momentos dos últimos dias.
**Animal \o/.
Puro engano!!!
*Dos vários e valiosos momentos dos últimos dias.
**Animal \o/.
(Tanta beleza).
Fotos: Jorge Anderson
15 de agosto de 2011
Revista RollingStone: Belo Monte
Vidas Secas
Por Christiane Peres.
Leia abaixo um trecho da matéria publicada na edição 58 da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir de 8 de julho
_______
Amanhece em Altamira, cidade a sudoeste do Pará, quando a Kombi pega a estrada rumo à comunidade São Raimundo Nonato, no quilômetro 45 da rodovia Transamazônica. No local, também conhecido como Travessão da Cobra Choca, vivem 192 famílias de agricultores. Asfalto não existe, ficou a quilômetros de distância, ainda perto de Altamira. Energia elétrica também não há. O último ponto do Programa Luz para Todos, do governo federal, ficou no início do Travessão, na última grande fazenda antes de chegar à vila desses pequenos agricultores. Uma gente esquecida no tempo, só lembrada agora, quando a retomada do projeto de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, apontou que as terras ocupadas por essas pessoas seriam alagadas. Diante do megaprojeto encabeçado pelo governo, essa comunidade luta para permanecer em sua terra.
As cortinas de chita estampadas dividem os cômodos da casa de Marizete Brasiliana dos Santos. De perto, entende-se que ali o ritmo de vida é outro - as necessidades e os desejos também. Há fartura na mesa, apesar da simplicidade da morada. No cardápio do almoço, arroz, feijão, legumes cozidos, frango caipira, carne de panela, macarrão e salada de alface, recém-colhida da horta da família. Nessa hora, Marizete desabafa: "Eles pensam que trazer essa usina é desenvolvimento. Pra gente, não é. Em vez disso, deviam construir um posto de saúde aqui na comunidade, trazer escolas para os nossos filhos. Mas isso eles não fazem", contesta. "A gente tem medo de pensar que pode ficar sem nada quando essa obra sair. Na cidade é preciso comprar tudo. Sem emprego, vamos viver como lá?"
Belo Monte é uma das mais imponentes e questionadas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Será a segunda maior hidrelétrica brasileira, somente atrás da binacional Itaipu, construída no rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Em estudo desde a década de 70, ainda durante o período da ditadura militar, o projeto de Kararaô - antigo nome de Belo Monte - foi alterado e reprovado diversas vezes. Ironicamente, foi durante o governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda reunia boa parte da vanguarda ambientalista do país, que o novo projeto da usina foi aprovado, em fevereiro de 2010. Com a urgência pré-eleitoral que levou Dilma Rousseff ao poder, o governo passou por cima dos direitos das comunidades atingidas e relegou ao segundo plano o debate sobre a sustentabilidade do empreendimento. A usina de Belo Monte, vendida como a salvação do Brasil em geração de energia, é motivo de críticas de vários setores e protagoniza um dos processos mais antidemocráticos desde os tempos do regime militar.
Os otimistas afirmam que o empreendimento terá capacidade para gerar 11,2 mil megawatts de energia, mas estudos relacionados à obra mostram que Belo Monte jamais irá operar com essa potência. A energia média assegurada é de 4,5 mil megawatts e, em tempos de seca, a geração poderia ficar abaixo de mil. Para os críticos da obra, o custo-benefício não compensa, mas o governo e a Norte Energia - consórcio vencedor do leilão da usina - contestam. "O sistema brasileiro de hidrelétricas é invejado no mundo inteiro e não é besta de construir uma usina que não tenha viabilidade econômica", pondera Luiz Fernando Rufato, diretor de construção do consórcio.
Assim como Marizete, calcula-se que mais de 30 mil pessoas sofrerão com as incertezas relacionadas à megausina. Vando Tavares é dono de um pequeno ponto comercial na comunidade São Raimundo Nonato. Morador da região há 22 anos, ele sempre ouviu os boatos sobre a construção. Há até pouco tempo, aliás, era o único morador do Travessão da Cobra Choca a favor da usina, mas a difícil negociação com os representantes do consórcio vencedor alterou a opinião do comerciante. "Ainda não sou totalmente contra, porque a gente precisa de energia, não é?", diz. "Mas ninguém nos diz para onde seremos levados, quanto vamos receber pelas terras. Além do comércio, vivo da pecuária e também plantei uns oito mil pés de cacau, que daqui a pouco vão começar a dar."
Junto ao gado, o cacau é uma das principais fontes de renda da população dos arredores da Transamazônica. Os 15 municípios da região são responsáveis por 80% da produção do Pará. Em 2009, por exemplo, o estado produziu 56 mil toneladas da amêndoa; dessas, 45 mil toneladas saíram das terras de sete mil famílias que vivem na região da Transamazônica. Em volume, a produção paraense só fica atrás da Bahia.
De acordo com Paulo Henrique Fernandes, coordenador regional da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), entidade ligada ao Ministério da Agricultura, um pé de cacau vive, em média, 40 anos. Após cinco anos da plantação, começa a dar o fruto, que rende a amêndoa seca vendida na cidade e também para o exterior. "O cacau da nossa região sustenta diversas famílias. Tem muito produtor que sentirá o impacto da construção de Belo Monte, pois vai perder seu ganha-pão", afirma Fernandes. O valor de venda depende da qualidade da amêndoa seca, mas os agricultores conseguem, no mínimo, R$ 5 pelo quilo. "Se uma família tem três mil pés, pode tirar até dois salários mínimos por mês, porque o cacau dá o ano inteiro. Nem o boi rende isso aqui", complementa José Aparecido de Souza Santos, presidente da Agrivox (Associação dos Agricultores da Volta Grande do Xingu).
*Você lê esta matéria na íntegra na edição 58.
Fonte: http://www.rollingstone.com.br/edicoes/58/textos/4723/
Por Christiane Peres.
Leia abaixo um trecho da matéria publicada na edição 58 da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir de 8 de julho
_______
Amanhece em Altamira, cidade a sudoeste do Pará, quando a Kombi pega a estrada rumo à comunidade São Raimundo Nonato, no quilômetro 45 da rodovia Transamazônica. No local, também conhecido como Travessão da Cobra Choca, vivem 192 famílias de agricultores. Asfalto não existe, ficou a quilômetros de distância, ainda perto de Altamira. Energia elétrica também não há. O último ponto do Programa Luz para Todos, do governo federal, ficou no início do Travessão, na última grande fazenda antes de chegar à vila desses pequenos agricultores. Uma gente esquecida no tempo, só lembrada agora, quando a retomada do projeto de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, apontou que as terras ocupadas por essas pessoas seriam alagadas. Diante do megaprojeto encabeçado pelo governo, essa comunidade luta para permanecer em sua terra.
As cortinas de chita estampadas dividem os cômodos da casa de Marizete Brasiliana dos Santos. De perto, entende-se que ali o ritmo de vida é outro - as necessidades e os desejos também. Há fartura na mesa, apesar da simplicidade da morada. No cardápio do almoço, arroz, feijão, legumes cozidos, frango caipira, carne de panela, macarrão e salada de alface, recém-colhida da horta da família. Nessa hora, Marizete desabafa: "Eles pensam que trazer essa usina é desenvolvimento. Pra gente, não é. Em vez disso, deviam construir um posto de saúde aqui na comunidade, trazer escolas para os nossos filhos. Mas isso eles não fazem", contesta. "A gente tem medo de pensar que pode ficar sem nada quando essa obra sair. Na cidade é preciso comprar tudo. Sem emprego, vamos viver como lá?"
Belo Monte é uma das mais imponentes e questionadas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Será a segunda maior hidrelétrica brasileira, somente atrás da binacional Itaipu, construída no rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Em estudo desde a década de 70, ainda durante o período da ditadura militar, o projeto de Kararaô - antigo nome de Belo Monte - foi alterado e reprovado diversas vezes. Ironicamente, foi durante o governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda reunia boa parte da vanguarda ambientalista do país, que o novo projeto da usina foi aprovado, em fevereiro de 2010. Com a urgência pré-eleitoral que levou Dilma Rousseff ao poder, o governo passou por cima dos direitos das comunidades atingidas e relegou ao segundo plano o debate sobre a sustentabilidade do empreendimento. A usina de Belo Monte, vendida como a salvação do Brasil em geração de energia, é motivo de críticas de vários setores e protagoniza um dos processos mais antidemocráticos desde os tempos do regime militar.
Os otimistas afirmam que o empreendimento terá capacidade para gerar 11,2 mil megawatts de energia, mas estudos relacionados à obra mostram que Belo Monte jamais irá operar com essa potência. A energia média assegurada é de 4,5 mil megawatts e, em tempos de seca, a geração poderia ficar abaixo de mil. Para os críticos da obra, o custo-benefício não compensa, mas o governo e a Norte Energia - consórcio vencedor do leilão da usina - contestam. "O sistema brasileiro de hidrelétricas é invejado no mundo inteiro e não é besta de construir uma usina que não tenha viabilidade econômica", pondera Luiz Fernando Rufato, diretor de construção do consórcio.
Assim como Marizete, calcula-se que mais de 30 mil pessoas sofrerão com as incertezas relacionadas à megausina. Vando Tavares é dono de um pequeno ponto comercial na comunidade São Raimundo Nonato. Morador da região há 22 anos, ele sempre ouviu os boatos sobre a construção. Há até pouco tempo, aliás, era o único morador do Travessão da Cobra Choca a favor da usina, mas a difícil negociação com os representantes do consórcio vencedor alterou a opinião do comerciante. "Ainda não sou totalmente contra, porque a gente precisa de energia, não é?", diz. "Mas ninguém nos diz para onde seremos levados, quanto vamos receber pelas terras. Além do comércio, vivo da pecuária e também plantei uns oito mil pés de cacau, que daqui a pouco vão começar a dar."
Junto ao gado, o cacau é uma das principais fontes de renda da população dos arredores da Transamazônica. Os 15 municípios da região são responsáveis por 80% da produção do Pará. Em 2009, por exemplo, o estado produziu 56 mil toneladas da amêndoa; dessas, 45 mil toneladas saíram das terras de sete mil famílias que vivem na região da Transamazônica. Em volume, a produção paraense só fica atrás da Bahia.
De acordo com Paulo Henrique Fernandes, coordenador regional da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), entidade ligada ao Ministério da Agricultura, um pé de cacau vive, em média, 40 anos. Após cinco anos da plantação, começa a dar o fruto, que rende a amêndoa seca vendida na cidade e também para o exterior. "O cacau da nossa região sustenta diversas famílias. Tem muito produtor que sentirá o impacto da construção de Belo Monte, pois vai perder seu ganha-pão", afirma Fernandes. O valor de venda depende da qualidade da amêndoa seca, mas os agricultores conseguem, no mínimo, R$ 5 pelo quilo. "Se uma família tem três mil pés, pode tirar até dois salários mínimos por mês, porque o cacau dá o ano inteiro. Nem o boi rende isso aqui", complementa José Aparecido de Souza Santos, presidente da Agrivox (Associação dos Agricultores da Volta Grande do Xingu).
*Você lê esta matéria na íntegra na edição 58.
Fonte: http://www.rollingstone.com.br/edicoes/58/textos/4723/
8 de agosto de 2011
Pode parecer tudo bobagem!
Um diário das consequências desse plano andante em que vivo.!
Sobre a Cor Deslubrante do Jambo
Do Bolo ao Passar Exatamente no Número 13.
Casa
No cair da Noite...Espera Sem Fim.
Por Dentro.
Sutilmente o passar das grandes sensações.
Nos vários momentos despojados e descontraidos de uma vida corriqueira e eficaz.
Praia do Areão (PARÁ)
Um encontro comigo mesmo.
O Homem e seu cão nos olhares atento do barco.
A Pipa e o seu Céu!
Fotos: Jorge Anderson.
4 de agosto de 2011
“O Chamado das Árvores” Um Convite ao Engajamento das Danças Circulares Sagradas
*Um convite muito provocante!
Vamos refletir e se abrir para novas sensações/vivências e experiências naturais. Tentando no percurso identificar-se e canalizar tais energias.
Árvore da Vida para a civilização Maia, a Samaumeira (Ceiba Pentranda) é a maior das florestas tropicais e uma das maiores do planeta. Mãe da Floresta, Mãe dos Rios, Escada para o Céu, a Samaumeira com seus dons divinos é reconhecida pelos povos tradicionais como o princípio da criação da natureza, a fonte da vida.
Suas raízes, as “sapopemas”, são reconhecidas como um dos meios de comunicação mais antigos; batendo com pequenos pedaços de pau, o som ecoa a quilômetros de distância, avisando se alguém está chegando, perdido ou em perigo; e traz informações do universo por meio de suas gigantescas copas.
O exemplar da foto tem aproximadamente 400 anos e está na Ilha do Combú, em frente a cidade de Belém/PA, às margens do Rio Guamá. Um olhar mais subjetivo e tem-se a impressão de ver um Pajé a protejer a floresta e todos os seres, com braços abertos e na cabeça um cocar. Percebe?
Foto: Dan Baron
Julho/2011
“Não podemos visualizar um mundo sem o retorno das florestas. Enquanto o sol brilhar, e a vida depender da água, o trabalho das árvores será fundamental”.
Do livro O Chamado das árvores, Dorothy Maclean
Entrevista c/ Carlos Solano
Agosto/2011
O chamado vem das árvores e a voz encontra eco na Amazônia. Justo aqui onde elas se reúnem formando a maior biodiversidade do planeta; onde ambiente e culturas consagram um casamento indissolúvel, porém cada vez mais vulnerável.
A ancestralidade brasileira, assim como a mitologia e o lendário. na Amazônia continuam vivos e quando o assunto é natureza, preservação e sustentabilidade, os povos merecem um cuidado especial. Afinal, natureza e cultura dos povos nascem das mesmas raízes que sustentam os ecossistemas.
Raízes que se traduzem em linguagens artísticas/humanas. Uma delas, as Danças Tradicionais deram origem ao movimento das Danças Circulares Sagradas, iniciado no Centro de Formação Transdisciplinar na Escócia/Reino Unido – Findhorn, há cerca de três décadas, pelo bailarino Bernhard Wosien. Findhorn, recebe pessoas do mundo inteiro para residência e estudos transdisciplinares diversos, dentre os quais, as Danças Sagradas.
Uma dessas pessoas, o mineiro Carlos Solano, foi o primeiro brasileiro a fazer um treinamento em Findhorn em 1984 e ensinou e divulgou as danças circulares no Brasil até 2002. Arquiteto, atuando pela harmonia dos ambientes, Solano e um grupo de amigos, vem incentivando uma campanha pelo plantio de um milhão de árvores, desde 2007 e este ano retoma o caminho das danças para convocar o público dançante pelo mundo afora, sobretudo no Brasil, a tomar atitudes mais concretas pelo meio ambiente.
Qual é esse “Chamado das Árvores”?
Solano : O Chamado das Árvores está dentro de uma campanha para plantarmos um milhão de Árvores. Uma iniciativa civil, sem patrocinadores, alimentada pelas ações que temos desenvolvido desde 2007, quando iniciamos por meio de uma revista de circulação nacional, onde eu tinha uma coluna fixa .
Fizemos um site sobre a importância das árvores, plantio e cuidado com o ambiente. A idéia era que as pessoas plantassem as árvores e inserissem o número de árvores plantadas no contador do site e relatando a experiência, se quisessem.
É uma campanha de idéias, valorizando o ambiente para que cada pessoa faça alguma coisa. Queremos que as pessoas plantem as árvores, tomem uma atitude; por mínima que seja, já faz uma diferença no contexto coletivo.
Então, começamos a produzir eventos anuais. No primeiro, em 2008, trouxemos ao Brasil, Dorothy Maclean, que é uma das fundadoras de Findhorn, e havia lançado um livro nos EUA - “O Chamado das Árvores”. Foi um grande evento com palestras, workshops sobre a inteligência da natureza em quatro capitais, e o livro traduzido para o português.
Entrevista completa pelos links abaixo:
Últimas Notícias: http://comunic-acaocriativa.blogspot.com/2011/03/ultimas-noticias.html
"O termo Comunicação deve ser reservado à interação humana, à troca de mensagens entre os seres humanos, sejam quais forem
os aparatos responsáveis por sua mediação."
Rudiger
Fonte:Comunic-ação CRIATIVA
3 de agosto de 2011
PARE BELO MONTE!
#Vamos Unir Forças, pois é chegada a hora.
#Ou paramos ou haverá muito sofrimento na Amazônia.
o Novo Código Florestal e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, ambos os projetos, além de devastarem áreas extensas de matas e florestas, desmantelarão comunidades indígenas e ribeirinhas, provocarão uma perda incalculável de biodiversidade, sentenciarão à morte centenas de espécies animais e afetarão centenas de milhares de outras espécies animais nas regiões atingidas.
Saiba mais: http://www.xinguvivo.org.br/
#Ou paramos ou haverá muito sofrimento na Amazônia.
#NÃO A BELO MONTE.
o Novo Código Florestal e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, ambos os projetos, além de devastarem áreas extensas de matas e florestas, desmantelarão comunidades indígenas e ribeirinhas, provocarão uma perda incalculável de biodiversidade, sentenciarão à morte centenas de espécies animais e afetarão centenas de milhares de outras espécies animais nas regiões atingidas.
Saiba mais: http://www.xinguvivo.org.br/
2 de agosto de 2011
Impressões de Parauapebas nº 3: Relato de um líder. Um não! Dois, três, quatro, cinco... Por Jocélio Ferreira.
Relato de um líder. Um não! Dois, três, quatro, cinco...
Sobre o que? Encontro de lideranças LGBT das afiliadas ao movimento LGBT paraense.
Pra quê?
Para contribuir no fortalecimento-construção do papel de liderança, articulados à rede paraense LGBT e de enfrentamento a epidemia de aids.
Contribuir na construção da identidade individual e coletiva dos lideres.
Sobre o quê?
1. Conceituação e Reflexão sobre a Identidade “Liderança”
2. Papel da liderança no desenvolvimento humano, cultural, local e social.
3. Articulação, Mobilização e Comunicação.
4. Planejamento da Continuidade da Formação
E como aconteceu?
Com-Vivência – geralmente nas avaliações desses encontros da rede LGBT, o que avalia-se mais como negativo, é a metodologia e a agenda excessiva. Falta mais tempo para a convivência e o diálogo mais orgânico. Baseado nessa recorrência, optamos por realizar as “Rodas” em ambientes mais agradáveis onde a política discutida seja regada por uma convivência fraterna e harmonizada com as energias diversas dos (as) diversos (as). Assim experienciamos o sentido sistêmico das ações que realizamos. Combinamos convivência fraterna, informação e comunicação.
Penso que na construção de redes sociais Humanizadoras e, portanto, de relações horizontais, o Líder é a primeira figura que articula pontos isolados como forma de resgatá-los para um dialogo constante e produtivo. A meta é a auto-criação da própria teia, da própria rede, quando ninguém estaria conduzindo o processo, mas a própria dinâmica. Entretanto até chegar essa fase, o trabalho do Líder é primordial, essencial, necessário. Seu trabalho é meio invisível, ele está aqui, ali, acolá sempre conversando, articulando, combinando algo, geralmente numa abordagem informal como em conversa de amigos. Para muitos não é um trabalho, mas pode ser considerado como função, profissão e missão. É uma discussão que queremos fazer. “Jocélio”
Encontro comigo mesmo:
Onde? No Banheiro
Como Líder aproveito bem as oportunidades, os “acasos”, utilizo este termo para esses encontros: fóruns, teia, seminários, onde o contexto é propício a fazer uma boa articulação. “Jocélio”
Conversa a Dois:
Quem? Jocélio e Jorge Anderson
Onde? Sala onde ocorreu a roda
Que hora começou? 22 horas
Que hora terminou? 02:30 horas
A pessoalidade é característica da minha ação enquanto líder. Em contraponto ao excesso de informações e relações impessoais, trabalhamos com um pequeno público, a fim de que pudéssemos construir uma relação humana, social e profissional mais afetiva e mais significativa pra cada um/a, coisa impossível quando se trata de grupos grandes. Escolhemos a Qualidade, e não a Quantidade. Cada um tem já sua rede de relações que, por tabela, receberá a reverberação desta ação de Liderança. Um grupo pequeno possibilita fazer um acompanhamento melhor, através do contato por telefone e internet. “Jocélio”
E a Roda?
Foi planejada uma única roda. O encontro é a principal oportunidade/importância para consciência grupal dos sentidos presentes nesta roda. É a convivência intensiva entre pessoas que já se conhecem, que já tem uma certa relação nessa rede social, que acenará para o fortalecimento e sustentabilidade da teia, articulada às outras redes várias. Para nós, nesse momento a “Roda” significa “tecelagem de redes”. Assumimos esse significado para a roda para visualizarmos a “pilar” que é cada um (a), cada ponta da teia, tod@s sendo únic@s, mas tod@s sendo força social, tecendo uma teia de sonhos e objetivos.
Redes Humanizadoras? Como?
Já é lugar-comum falarmos de rede no meio LGBT, do movimento social e, principalmente, por a internet ser na verdade uma rede de informações e relações. Entretanto, poucos se adentram mais profundamente nos aspectos transformadores que embasam a construção das redes sociais e limitam rede às redes virtuais onde circulam as informações e onde se estabelecem contatos de fato. Na construção da roda e da metodologia e no trabalho como facilitadores da mesma, enquanto Protagonistas Juvenis, selecionamos alguns conceitos que norteiam nossa relação em rede e as ações de formação que focalizamos. Primeiramente, a teia é formada e sustentada por pessoas, mesmo que, por trás destas pessoas, existam grupos, instituições; o sucesso das Redes Sociais está sendo exatamente este, ao contrário de outra rede que participamos, que é a Rede Jovens + Pará que, pautando-se nas instituições não formais, se constituiu como uma rede sólida. Outro aspecto é a falta de hierarquia na rede; onde todos são autônomos em sua articulação, mobilização, comunicação, onde todos os saberes tem o mesmo grau de importância. E outro fator que observamos é que, por mais que tenhamos mil contatos e participemos de muitas redes virtuais, as que se consolidam são aquelas que se constroem a partir de afetos e sentimento de pertencimento. Nesse sentido, a rede virtual cumpre um papel fundamental, precede relações orgânicas, mantém as relações estabelecidas vencendo distâncias, mas a rede é formada por pessoas e é real, por isso Rede de Afetos.
Comunicação pela Internet é importantíssimo.
Se por um lado, há uma política de inclusão social, a partir da inclusão digital, por outro lado, observamos que a ilimitada possibilidade de comunicação via internet vem nos bombardeando de e-mails de conotação irresponsável, fato que não é suficiente para alguns cuidados éticos e estéticos com a comunicação, fator necessário para que a essa de fato aconteça de forma correta. A velocidade dos dias atuais, o bombardeio de emails informais, as listas formatadas/bloqueadas muitas vezes nos impedem uma comunicação de fato. Nesse sentido, exercitemos um cuidado com a estética do email (tipo de assunto, sem agressões, sem ofensas, sem problemas de cunho pessoal e de relação, tipo de fonte, tamanho) bem como o cuidado com o destinatário enviar email específico para pessoa específica ou email específico para grupo específico, além lógico dos genéricos para as nossas listas, como informação sobre eventos, editais, congressos, cursos, etc.. Focado na comunicação, o ato também de responder os emails de forma respeitosa e responsável.
Por: JÓCELIO FERREIRA.
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