4 de dezembro de 2013

Adolescentes e jovens da UNIPOP vão às ruas por uma Comunicação Democrática.


Centenas de assinaturas foram coletadas durante atividade realizada na praça

Engajados em defesa da democratização da comunicação, adolescentes e jovens participantes do Curso de Comunicação Popular do Programa Juventude, Participação e Autonomia, do Instituto Universidade Popular (Unipop), estiveram na Praça República, em Belém, na manhã do dia 1º.12, para coletar assinaturas para a campanha nacional “Para Expressar a Liberdade! Uma nova lei para um novo tempo”.

Os jovens e adolescentes dialogaram com o público da praça, entregaram folders e explicaram a importância de assinar o documento que objetiva aprovar o Projeto de Lei para garantir, a partir de um marco regulatório, o direito à comunicação e à liberdade de expressão de todos os cidadãos e cidadãs. Além disso, garantir a manifestação igualitária de ideias, opiniões e pontos de vista no espaço midiático aos mais diversos grupos sociais.

Para a adolescente Annie Julliete, 16 anos, a coleta de assinaturas foi um momento de “conscientizar a população para que se busque a verdadeira notícia e informação; se afastem da alienação e criem suas próprias opiniões”.


A campanha

A campanha é resultado da mobilização de dezenas de organizações sociais, que estiveram reunidas durante um seminário ocorrido em São Paulo, em 2012, promovido pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC). Desde então, o debate foi sendo ampliado e a possibilidade de mudar o atual panorama da comunicação do Brasil foi se consolidando com a coleta de assinaturas para a aprovação do Projeto de Lei conhecido como “Lei da Mídia Democrática”, uma proposta de iniciativa popular.

Porque aderir

Passado os 50 anos da criação do Código Brasileiro de Telecomunicações, as formas de se comunicar mudaram bastante, mas o que ainda não passou por nenhuma modificação foi o atual modelo de comunicação, centralizado na mão de empresários e políticos que formam grandes monopólios midiáticos, os quais, na maioria das vezes, manipulam as informações de acordo com seus interesses políticos e econômicos.
 Com base nisso, a Lei da Mídia Democrática se apoia em diretrizes fundamentais para democratizar a comunicação no país e argumenta que o Estado deve adotar medidas de regulação democrática sobre a estrutura do sistema de comunicações, a propriedade dos meios e os conteúdos veiculados, de forma a:

- assegurar a pluralidade de ideias e opiniões nos meios de comunicação;

- promover e fomentara cultura nacional em sua diversidade e pluralidade;

- garantir a estrita observação dos princípios constitucionais da igualdade; prevalência dos direitos humanos; livre manifestação do pensamento e expressão da atividade intelectual, artística e de comunicação; sendo proibida a censura prévia estatal (inclusive judicial) ou privada; inviolabilidade da intimidade, privacidade, honra e imagens das pessoas; e laicidade do Estado;

- promover a diversidade regional, étnico-racial, de gênero, classe social, etária e de orientação sexual nos meios de comunicação;
- garantir a complementaridade dos sistemas público, privado e estatal de comunicação;

- proteger as crianças e adolescentes de toda forma de exploração, discriminação, negligência e violência e da sexualização precoce;

- garantir a universalização dos serviços essenciais de comunicação;

- promover a transparência e o amplo acesso às informações públicas;

- proteger a privacidade das comunicações nos serviços de telecomunicações e na internet;

- garantir a acessibilidade plena aos meios de comunicação, com especial atenção às pessoas com deficiência;

- promover a participação popular na tomada de decisões acerca do sistema de comunicações brasileiro, no âmbito  dos poderes Executivo e Legislativo;

- promover instrumentos eletrônicos de democracia participativa nas decisões do poder púbico.


Fonte: Unipop - com informações de paraexpressaraliberdade.org.br


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